Muitas pessoas têm apostado na cerveja sem álcool como alternativa “mais saudável” ao consumo tradicional. Mas um novo estudo está colocando essa percepção em xeque, ao mostrar que algumas versões podem, na verdade, elevar o risco de problemas metabólicos.
Estudo alerta para impactos no açúcar e colesterol
Pesquisadores analisaram os efeitos do consumo diário de cerveja sem álcool em 44 homens saudáveis ao longo de quatro semanas. O resultado surpreendeu: mesmo sem álcool, a bebida aumentou níveis de glicose, insulina, colesterol LDL e triglicerídeos — marcadores associados ao risco de diabetes tipo 2, obesidade e doenças cardiovasculares.
O vilão está no rótulo: açúcar escondido
Para compensar o sabor perdido com a retirada do álcool, muitas marcas adicionam açúcar em excesso à fórmula. Com isso, a cerveja sem álcool pode acabar sendo tão calórica (ou até mais) do que sua versão original — e ainda trazer picos glicêmicos indesejados.
Nem todas são iguais: como escolher melhor
Segundo os pesquisadores, o problema não está na categoria em si, mas na composição de algumas marcas. Versões premium, como as fabricadas pela Suntory, Guinness e BrewDog, têm se destacado por oferecer rótulos com baixa caloria, sem adição de açúcares e com ingredientes naturais.
Dicas para não errar na escolha
- Evite produtos com “xarope de glicose”, “açúcar invertido” ou “malte caramelizado” no rótulo
- Dê preferência a cervejas sem álcool com até 30 kcal por garrafa
- Consulte se há testes laboratoriais publicados pela marca
Moderação continua sendo essencial
Mesmo as versões mais equilibradas devem ser consumidas com moderação. O marketing pode sugerir que você está bebendo algo “fitness”, mas sem olhar os detalhes da composição, o hábito pode trazer mais malefícios do que benefícios.
A cerveja sem álcool pode ser uma boa substituição em eventos sociais ou durante o dia a dia, mas é importante entender que nem toda bebida sem álcool é sinônimo de saúde. Ler os rótulos e escolher marcas confiáveis faz toda a diferença.