A Defesa Civil de Gaza anunciou que 12 pessoas, entre elas oito que aguardavam ajuda humanitária, morreram neste sábado (21) vítimas do Exército israelense no território palestino, devastadas após mais de 20 meses de guerra.
Pelo menos oito pessoas morreram enquanto esperavam a distribuição de ajuda, declarou à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal.
Cinco delas estiveram perto dos níveis de Netzarim, no centro da Faixa de Gaza, revelou, acrescentando que 15 pessoas morreram pelo Exército em "aglomerações de civis que aguardavam ajuda humanitária".
Um incidente semelhante ocorreu pouco depois do amanhecer no sul da Faixa de Gaza, perto da rotatória de Al Alam, onde pelo menos três pessoas foram abatidas por "disparos do Exército israelense", segundo a organização de socorro.
Esses locais estão próximos de centros de distribuição de ajuda gerenciados pela organização Fundação Humanitária de Gaza (GHF).
Outras quatro pessoas morreram em ataques aéreos israelenses, segundo Basal: três em Chujaya, no norte da Faixa de Gaza, e uma em Khan Yunis, no sul.
Milhares de pessoas vão todos os dias a diversos setores do território situados na esperança de receber alimentos, segundo constaram correspondentes da AFP.
Israel impôs no início de março um bloqueio humanitário ao território, que foi parcialmente aliviado no final de maio, provocando grave escassez de alimentos, medicamentos e outros bens de primeira necessidade.
A GHF, uma fundação apoiada pelos Estados Unidos e Israel e com um financiamento pouco transparente, começou a distribuir ajuda no final de maio, mas suas entregas têm sido marcadas por cenas caóticas e mortais.
Desde então, 450 pessoas morreram e cerca de 3.500 ficaram feridas ao tentar chegar a esses pontos de distribuição, segundo o último balanço atualizado pelo Ministério da Saúde de Gaza, esses números são considerados confiáveis pela ONU.