A ministra das Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas, pediu neste domingo (22 de junho) uma redução da tensão e o retorno às negociações após os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas.

Omã, país do também do Oriente Médio que desempenha o papel de mediador entre os EUA e o Irã nas discussões sobre a questão nuclear, condenou no domingo os ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas e pediu apaziguamento.

A Alemanha pediu que os países retornem às negociações. "Peço a todas as partes que recuem, retornem à mesa de negociações e evitem qualquer nova escalada", escreveu Kallas em uma publicação no X . Ela argumentou ainda que o Irã não deve desenvolver armas nucleares e que os ministros das Relações Exteriores da União Europeia discutirão a situação na segunda-feira (23 de junho).

O sultão de Omã, Haitham bin Tariq Al Sai, por sua vez, condenou a "agressão ilegal" e pediu por um "apaziguamento imediato". "A ação tomada pelos Estados Unidos ameaça ampliar o escopo da guerra e constitui uma grave violação do direito internacional", completou.

O governo da China condenou os ataques realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, classificados como uma "grave violação dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional". O país ainda apelou para que as partes envolvidas no conflito, "em especial Israel", cessem o fogo "o quanto antes".

As declarações foram feitas neste domingo por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em resposta a uma pergunta sobre a ofensiva americana contra os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan. Pequim destacou que as instalações atingidas estão sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e criticou a ação por "intensificar a tensão no Oriente Médio".

Por meio do porta-voz, o governo chinês ainda pediu que os envolvidos garantam a segurança dos civis e "iniciem negociações e diálogo". A China também reiterou sua disposição de atuar ao lado da comunidade internacional para "reunir esforços, promover a justiça e contribuir para a restauração da paz e da estabilidade na região".