Uma vasta análise de dados de saúde revelou que medicamentos à base de semaglutida — como Ozempic e Wegovy — podem desempenhar um papel promissor na prevenção da demência em pessoas com diabetes tipo 2.

Diminuição de risco observada em grande amostra

Pesquisadores da Case Western Reserve School of Medicine analisaram registros de 1,7 milhão de pacientes durante três anos. Comparando usuários de semaglutida com indivíduos usando outros medicamentos antidiabéticos, foi observado um risco significativamente menor de demência entre os primeiros. O efeito protetor foi mais evidente em mulheres e idosos.

Mecanismos biológicos e implicações

A semaglutida — agonista do receptor GLP‑1 — influencia positivamente fatores como obesidade, resistência à insulina, inflamação e saúde vascular, todos relacionados ao desenvolvimento da demência .

Novos estudos clínicos a caminho

Com base nesses resultados promissores, laboratórios como a Novo Nordisk estão ampliando testes clínicos, inclusive em pacientes com Alzheimer em estágios iniciais, com os primeiros resultados esperados nos próximos anos para confirmar esses benefícios .

Especialistas ressaltam cautela

Embora chamativo, o uso da semaglutida como prevenção da demência ainda depende de evidências obtidas em ensaios controlados. Até lá, médicos recomendam manter pressão controlada, atividades físicas e alimentação equilibrada como medidas comprovadas .

Importância: Se comprovada, essa aplicação da semaglutida pode ampliar o arsenal contra doenças neurológicas degenerativas, especialmente entre diabéticos — público com risco elevado de demência.

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