Um médico de 57 anos foi permanentemente banido da medicina após contaminar o café de uma paciente com seu próprio sêmen. Nicholas Chapman, clínico geral de Somerset, na Inglaterra, teve seu registro profissional cassado pelo Serviço do Tribunal de Profissionais Médicos (MPTS). A decisão ocorreu após análise do caso realizada entre 23 de junho e 8 de julho.
De acordo com o Daily Star, o tribunal entendeu que Chapman representa perigo para o público e, por isso, não poderá mais exercer a medicina. O MPTS examinou as condutas do médico entre 2016 e 2021, período em que ele assediou sexualmente uma mulher identificada como senhorita A e contaminou o café de outra vítima, senhorita B.
Em 2023, Chapman foi condenado criminalmente por um tribunal de Gloucester por fazer a vítima A "ingerir seu sêmen" em 13 de setembro de 2021. Ele foi absolvido de uma segunda acusação semelhante que teria ocorrido entre setembro de 2020 e setembro de 2021.
O caso veio à tona quando a vítima notou algo estranho em seu café em setembro de 2021. Ela descreveu a bebida como tendo um gosto "salgado" e contendo uma substância "espessa e viscosa".
"Não sabia o que era. Não suspeitei que pudesse ser sêmen naquele momento. Ele continuou me trazendo mais bebidas - provavelmente de uma a três xícaras de café por semana. Desde aquela ocasião, eu os despejava na pia - vendo o tipo de substância na pia - eram tamanhos e quantidades diferentes cada vez", declarou a vítima.
Em setembro de 2021, a mulher descobriu vários recipientes para amostras em posse do médico, o que aumentou suas suspeitas. Ela coletou amostras do líquido em seus próprios recipientes e entregou à polícia.
A análise forense do café preparado em 13 de setembro de 2021 revelou a presença de sêmen, e o teste de DNA confirmou que o material genético pertencia a Chapman. Durante o julgamento, o médico admitiu coletar entre 10 e 12 amostras por mês, totalizando aproximadamente 140 amostras por ano desde 2013.
Em sua defesa, o médico alegou sofrer de uma condição desde os 16 anos que causava ejaculação involuntária durante a defecação.
Ainda, conforme o Daily Star, o tribunal constatou que Chapman beijou a senhorita A nos lábios em 2020 e tocou suas nádegas em maio de 2021, ações que foram "comprovadas" pelo MPTS. A vítima também relatou que o médico mostrou imagens de seu próprio pênis ereto e conteúdo pornográfico em seu celular pelo menos duas vezes.
Jonathan Storey, presidente do MPTS, afirmou que a exclusão do registro médico "era a única sanção que marcaria a seriedade de sua má conduta e condenação". O tribunal não recebeu "nenhuma evidência de desculpas, reflexão, compreensão ou remediação do Dr. Chapman em relação à sua condenação".