Ataques aéreos israelenses mataram 14 pessoas na Faixa de Gaza, e outros 10 palestinos foram mortos separadamente enquanto buscavam comida no enclave em conflito, informaram autoridades hospitalares em Gaza à Associated Press neste sábado (5/7).

Os ataques aéreos israelenses atingiram tendas na área de Muwasi, no extremo sul da costa mediterrânea de Gaza, matando sete pessoas, incluindo um médico palestino e seus três filhos, de acordo com o Hospital Nasser em Khan Younis.

Outros quatro foram mortos na cidade de Bani Suheila, no sul de Gaza, e três pessoas foram mortas em três ataques diferentes em Khan Younis. O exército israelense não forneceu comentários imediatos sobre os ataques.

Separadamente, oito palestinos foram mortos na cidade de Rafah, no sul do território, perto de um ponto de distribuição de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada por Israel, informou o hospital. Um palestino também foi morto perto de outro ponto do GHF em Rafah. Não ficou claro a que distância os palestinos estavam dos locais.

Dois trabalhadores humanitários americanos da GHF também ficaram feridos no ataque. A organização alegou ter sido realizado pelo Hamas, sem fornecer evidências.

O mais recente derramamento de sangue ocorre em um momento em que os esforços de cessar-fogo liderados pelos EUA, com o objetivo de interromper uma guerra de quase 21 meses, parecem estar ganhando força.

O Hamas deu uma resposta "positiva" na noite de sexta-feira, 4, à mais recente proposta dos EUA para um período de 60 dias de trégua, mas afirmou que novas negociações são necessárias para sua implementação.

O Hamas busca garantias de que a trégua inicial levaria ao fim total da guerra e à retirada das tropas israelenses de Gaza. O presidente Donald Trump tem pressionado por um acordo e deve receber o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca na próxima semana para discutir um acordo.