O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou "o assassinato por parte do Exército israelense de seis jornalistas palestinos" cometido na noite de domingo (10/8) em Gaza, em um comunicado publicado no X.
O organismo acusou Israel de ter "mirado contra a tenda onde estavam cinco funcionários da rede qatari Al Jazeera, o que "constitui uma grave violação do direito internacional humanitário", disse o texto. Um jornalista independente que colaborava ocasionalmente com meios locais também morreu no ataque.
"Israel deve respeitar e proteger todos os civis, incluindo os jornalistas", destacou o Alto Comissariado, ao recordar que "pelo menos 242 jornalistas palestinos foram assassinados na Faixa de Gaza" desde 7 de outubro de 2023, quando um ataque do movimento islamista palestino Hamas em Israel desencadeou a ofensiva no território.
"Exigimos um acesso imediato, seguro e sem obstáculos a Gaza para todos os jornalistas", acrescentou.
Entre as vítimas do bombardeio está Anas al Sharif, de 28 anos, um dos rostos mais conhecidos entre os correspondentes que cobriam diariamente o conflito. O Exército de Israel afirmou que era um dos seus alvos, ao qualificá-lo de "terrorista" que "se passava por jornalista".
A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) denunciou, por sua vez, "com força e indignação o assassinato reivindicado" por Israel de Al Sharif, que era "a voz do sofrimento imposto por Israel aos palestinos de Gaza".