Várias renas morreram na Finlândia após uma onda de calor que atingiu o país nas últimas semanas. Na cidade de Rovaniemi, localizada na Lapônia finlandesa, os termômetros ainda marcavam 26°C nesta terça-feira (5/8), mesmo após o término oficial da onda de calor.

O Instituto Meteorológico Finlandês informou na segunda-feira (4/8) que o país nórdico enfrentou 22 dias consecutivos com temperaturas acima de 30°C, o período mais longo registrado desde o início das medições em 1961. O calor também provocou secas e incêndios florestais na região, agravando a situação dos animais.

Diretora da associação de criadores de renas, Anne Ollila explicou que o calor extremo tem causado sérios problemas aos animais. "Tivemos um período de calor muito longo e difícil aqui na Lapônia, e as renas sofreram muito", disse a representante à AFP, confirmando a morte de diversos animais, sem especificar a quantidade exata.

As renas, naturalmente adaptadas ao clima frio da região ártica, enfrentam dificuldades significativas com as altas temperaturas. Segundo Ollila, esses animais são "incapazes de regular sua temperatura corporal" em condições de calor intenso, diferentemente de sua adaptação ao frio.

A diretora afirmou que, enquanto as renas suportam facilmente as temperaturas geladas típicas da região, com o calor é "outra história". Uma das consequências dessa vulnerabilidade é a dificuldade dos animais para escapar de predadores como lobos, já que o esforço físico se torna extremamente desgastante nas condições atuais.

A situação na Finlândia reflete tendências climáticas mais amplas. De acordo com dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, a Europa apresenta o ritmo mais acelerado de aquecimento por década desde 1990, seguida de perto pela Ásia.