Crimes contra a humanidade

Acusado de genocídio com 800 mil mortes, ex-servidor de Ruanda é preso na França

O exetermínio deixou mais de 800 mil mortos, segundo a ONU, principalmente tutsis, mortos entre abril e julho de 1994

Por Agência
Publicado em 23 de setembro de 2023 | 12:43
 
 
 
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A França prendeu esta semana um ex-funcionário de alto escalão do governo de Ruanda e acusou-o de participar do genocídio de 1994 no país africano, informou neste sábado (23) uma fonte próxima do caso. 

Pierre Kayondo, ex-prefeito ruandês, foi detido na terça-feira (19) e acusado de cumplicidade em genocídio e crimes contra a humanidade, segundo a mesma fonte, que pediu para não ser identificada. 

Kayondo estava sob investigação na França desde o final de 2021, após a denúncia de um coletivo de vítimas, o CPCR, que afirmava que ele residia em Le Havre, no noroeste do país. 

Segundo a denúncia deste grupo, Kayondo, ex-prefeito de Kibuye e ex-deputado, "participou ativamente da organização dos extermínios em Ruhango e Tambwe, na província de Gitarama, ao permitir a constituição de grupos de milícias interahamwe, fornecer armas e participar das reuniões". 

Para Alain Gauthier, presidente do CPCR, Kayondo, com idade estimada em torno de 70 anos, "era um homem próximo de personalidades condenadas por genocídio", como o coronel Aloys Simba e Ephrem Nkezabera, apelidado de "o banqueiro" do genocídio. 

O genocídio deixou mais de 800 mil mortos, segundo a ONU, principalmente tutsis, exterminados entre abril e julho de 1994. (Agência France Presse)

 

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