igreja católica

Artigo afirma que papa Francisco poderia nomear uma mulher como cardeal

Para o escritor e jornalista Juan Arias, o pontífice veio para mudar a igreja e ressuscitar as origens do cristianismo

Por da redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 | 16:16
 
 
 
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O papa Francisco poderia nomear uma cardeal mulher? Quem conhece Bergoglio desde seus tempos de Companhia de Jesus afirma que a capacidade de surpreender do pontífice não seria apenas com palavras, mas também com gestos.

Quem afirma isto é Juan Arias, jornalista e escritor, em um artigo publicado pelo jornal espanhol "El Pais". Em seu artigo, Arias diz que o papa veio para mudar a igreja e ressuscitar as origens do cristianismo.

Ao se dizer "bispo" e pedindo a bênção dos presentes na sacada da Basílica de São Pedro, no dia que assumiu o pontificado, Francisco já teria deixado claro seu objetivo de que seus gestos a cada instante deixariam muitos espantados, dentro e fora da igreja.

Em seu plano para tornar uma mulher cardeal, o papa sabe que estaria provocando reações que não resolveriam o assunto das mulheres dentro da igreja. Mas, em sua entrevista para o jornal "Civiltá Católica", ele afirma, "A igreja não pode ser ela mesma sem a mulher". Para Arias esta frase pode ser lida assim, "A igreja ainda não está completa porque nela falta a mulher".

Na mesma entrevista o papa afirma, "Precisamos de uma teologia profunda da mulher", "A mulher está formulando construções profundas que devemos enfrentar". Para Arias, Francisco quer dizer que sem a mulher a igreja estaria manca. Não estaria completa, sem mulheres exercendo o papel que tiveram no início do cristianismo, onde elas tinham um protagonismo que não tem mais nos dias de hoje.

Entretanto, a nomeação de uma mulher como cardeal colocaria com urgência esse tema em discussão. A norma diz que para ser cardeal, não é necessário ser sacerdote, bastaria ser diáconos. Hoje em dia mulheres não podem ser diaconisa, mas por não se tratar de um dogma, a alteração desta norma dependeria apenas da vontade da igreja.

Segundo a maior especialista da igreja nesse tema, Phyllis Zagano, da Universidade de Loyola em Chicago, "o diaconato feminino não é uma ideia para o futuro. É um tema do presente, para hoje". Atualmente, as igrejas Apostólica Armênia e Ortodoxa Grega, ambas unidas a Roma, já contam com diaconisas.

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