nas redes sociais

Brasileiro que tentou matar Kirchner seguia páginas ligadas a grupos radicais

Perfil nas redes sociais de Fernando Andrés Sabag Montiel teria sido bloqueado horas depois da tentativa de assassinato

Por Agência
Publicado em 02 de setembro de 2022 | 10:17
 
 
 
normal

O brasileiro, de 35 anos, Fernando Andrés Sabag Montiel, preso após tentar disparar contra Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, nessa quinta-feira (1º), possuía um um perfil nas redes sociais atribuído a ele, sob o nome Fernando Salim Montiel, que seguia diversas páginas ligadas a grupos radicais e discurso de ódio. A informação é do jornal argentino La Nación.

O perfil teria sido bloqueado horas depois da tentativa de disparo. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, atribuiu o incidente desta quinta à radicalização política. A imprensa argentina destacou ainda o que seriam aparições recentes do brasileiro na TV local, dando entrevistas com críticas a programas sociais do governo e falas contra a presença de estrangeiros no país.

O jornal argentino Clarín afirmou que Fernando tinha antecedentes criminais. Em março de 2021, ele foi interceptado por dirigir sem a placa traseira no bairro de La Paternal, bairro de Buenos Aires onde supostamente morava. Na ocasião, o homem afirmou às autoridades que a placa havia caído dias antes por causa de um acidente. 

Os agentes pediram então que ele saísse do veículo. Quando a porta do carro se abriu, uma faca de 35 centímetros de comprimento tombou no chão. O brasileiro afirmou que usava o objeto para se defender, e foi autuado pelo porte da arma. Segundo registros comerciais encontrados pelo mesmo jornal, ele atuaria como motorista de aplicativo e tinha um Chevrolet Prisma em seu nome.

Outros incidentes

Ainda de acordo com o Clarín, na quarta-feira, Cristina Kirchner já havia sido hostilizada no mesmo local por um entregador, que a insultou na frente dos militantes ao passar diante da residência. Ele foi preso pela Polícia Federal instantes depois.

As tensões na Argentina cresceram desde o pedido da Promotoria da Argentina de 12 anos de prisão contra a atual vice-presidente por acusações de corrupção, no dia 23 deste mês. Apoiadores fazem uma vigília na frente da residência de Kirchner para demonstrar apoio à mandatária, organizada após alguns opositores da líder peronista terem se dirigido a seu apartamento para protestar.

Ao sair do apartamento todos os dias antes de ir despachar no Senado (na Argentina, o vice-presidente comanda a Casa), Cristina saúda todos os dias seus aliados que ali a esperam. Ela repete o gesto à noite, quando retorna. (Estadão Conteúdo e Folhapress)

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!