Se vira nos 30

China proíbe mulheres de usar lingerie online, e homens se tornam modelos

Dono de e-commerce defendeu ação e justificou: “pessoalmente, não temos nenhuma escolha

Por O Tempo
Publicado em 07 de março de 2023 | 18:06
 
 
 
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Comerciantes chineses estão usando homens como modelos de lingerie para vendas de peças íntimas femininas pela internet. A ação inusitada vem em consequência da medida do governo da China de proibir que mulheres apareçam online vestindo sutiãs, bodies e afins. 

Em entrevista ao Jiupai News, um empresário identificado como Sr. Xu, que é dono de uma loja online que faz transmissões ao vivo, foi um dos que adotou a proposta. “Pessoalmente, não temos nenhuma escolha. As peças não podem ser usadas por nossas colegas mulheres, então usamos nossos colegas homens para exibi-las", disse. 

Sr. Xu utilizou, ainda em dezembro, a rede social Douyin, muito popular entre os chineses, para divulgar um dos primeiros vídeos com um modelo masculino vestindo lingerie. Os comentários foram positivos e negativos, mas a repercussão foi grande. 

"Se fosse uma modelo, a live seria banida o tempo todo. Não é como se isso não tivesse acontecido antes. Isso ainda é tirar das mulheres oportunidades de emprego", comentou uma internauta. 

Surgiram também comentários mais assanhados. "Esse cara veste melhor que a garota", disse um internauta. Outro ainda fez uma proposta: “Por que você não termina de tirar a roupa?”. 

Segundo dados da Statista, plataforma online especializada em dados de mercado e consumidores, estima-se que os e-commerces baseados em livestreaming faturem 4,9 trilhões de yuan (cerca de 3,69 trilhões de reais) em 2023. (Com informações de Monet)

 

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