Os argentinos começaram a votar neste domingo (27), às 8h locais, para escolher seu presidente entre modelos antagônicos, com o candidato peronista de cetro-esquerda Alberto Fernández como favorito e o mandatário liberal Mauricio Macri, que busca a reeleição.
A votação termina às 18h, e os primeiros resultados começam a sair três horas após o fechamento das urnas.
Macri aspira a ser reeleito, e terá de reverter o resultado das primárias de 11 de agosto, em que ficou em segundo com 32,93% dos votos, a quase 17 pontos do adversário Alberto Fernández (49,49%), um peronista de centro-esquerda que tem como companheira de chapa a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015).
“Renasce a esperança e Cristina e Alberto representam isso”, afirma Jose Murad, um educador de 44 anos, na cerimônia de encerramento da campanha de Fernández em Mar del Plata.
Fernández e Macri praticamente monopolizam este primeiro turno, para o qual 34 milhões de argentinos estão convocados. Em um país em recessão há mais de um ano, com alta inflação (37,7% em setembro) e aumento da pobreza (35,4%) e com mercados em ebulição, os olhos estão voltados para o que acontecerá na segunda-feira, depois que o resultado da eleição for conhecido.
Se as previsões forem confirmadas nas urnas, Fernández poderá vencer no primeiro turno, pois basta obter mais de 45% dos votos ou então mais de 40% e superar o segundo mais votado por mais de dez pontos. Quem for eleito governará um país dividido.
Se as pesquisas estiverem erradas e nenhum dos candidatos exceder 45%, o novo governo será eleito em um segundo turno das eleições em 24 de novembro.