Tensão

Coreias do Sul e do Norte trocam tiros na fronteira

Segundo um agente de defesa sul-coreano, os oficiais do país responderam os disparos atirando em direção ao outro lado da fronteira

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 10 de outubro de 2014 | 10:06
 
 
 
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Militares das Coreias do Sul e do Norte trocaram tiros nesta sexta-feira, após agentes norte-coreanos abaterem um balão com propagandas críticas ao regime do ditador Kim Jong Un. Segundo um agente de defesa sul-coreano, os oficiais do país responderam os disparos atirando em direção ao outro lado da fronteira.

A autoridade, que falou sob condição de anonimato, disse que algumas balas dos norte-coreanos caíram no território vizinho. Segundo informou a agência de notícias "Yonhap", os disparos norte-coreanos atingiram um balão próximo à cidade de Yeoncheon, na fronteira entre os dois países.

Ativistas da Coreia do Sul e desertores do país vizinho frequentemente soltam balões rumo ao norte com folhetos contrários ao regime de Kim Jong Un. Nesta sexta-feira, os ativistas lançaram dez balões, que continham 20 mil panfletos, mil notas de US$ 1, 400 DVDs e 300 pen-drives com propagandas contrárias ao governo norte-coreano. A ação irritou ainda mais os norte-coreanos porque foi feita no aniversário de criação do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.

Na quinta-feira (9), a secretaria do comitê de reunificação da Coreia do Norte divulgou uma declaração criticando os planos dos civis de lançar os balões, considerando o ato "próximo a uma declaração de guerra".

"Se as autoridades da Coreia do Sul permitirem ou serem coniventes com o projeto de espalhar folhetos, as relações com a Coreia do Norte serão novamente levadas a uma catástrofe fora de controle e seus instigadores serão inteiramente responsáveis por isso", afirma o comunicado.

A escalada na tensão entre os países vizinhos ocorre em momento de grande especulação sobre o estado de saúde do ditador Kim Jong Un, que não comparece a eventos públicos há mais de um mês. Nesta sexta-feira, pela primeira vez em três anos, o líder também não esteve no evento em celebração ao aniversário do partido que comanda o país.

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