Há exatos três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebia a notificação sobre casos de uma pneumonia misteriosa em hospitais de Wuhan, na região central da China. Ainda não se sabia, mas aqueles casos eram provocados por um novo coronavírus que, em pouco tempo, estaria em todos os continentes, causando 652 milhões de infecções e 6,7 milhões de mortes.

Tudo o que se passou na vida da maior parte da população global nesses últimos três anos — a morte de alguém querido, inícios e términos de relacionamento, mudanças de emprego, o nascimento de um filho — pode ser localizado entre momentos da pandemia de Covid-19. Com temporadas de tormenta e calmaria, com índices epidemiológicos subindo e descendo, a crise sanitária ainda não acabou, mas a OMS já declarou ter esperança de que esse fim possa ser oficialmente anunciado em 2023. Confira, abaixo, uma linha do tempo com alguns dos principais pontos da trajetória do vírus e como a humanidade lidou com ele até agora.  

31 de dezembro de 2019: OMS recebe a notificação sobre casos de pneumonia sem causa clara em Wuhan, na China.

10 de janeiro de 2020: OMS publica guia de orientações para países detectarem, testarem e gerenciarem potenciais casos da doença.

11 de janeiro de 2020: China informa sua primeira morte pela doença.

12 de janeiro de 2020: OMS compartilha o sequenciamento genético do novo coronavírus.

13 de janeiro de 2020: primeiro caso de Covid-19 — ainda sem esse nome — fora da China é detectado, na Tailândia.

30 de janeiro de 2020: OMS declara emergência global de saúde.

7 de fevereiro de 2020: morre o médico chinês Li Wenliang, que ficou conhecido por tentar alertar sobre o grande perigo da Covid nos primeiros dias da crise. Ele próprio foi infectado.

11 de fevereiro de 2020: doença causada pelo novo coronavírus é batizada como Covid-19, para designar algo como “doença do coronavírus 2019”.

23 de fevereiro de 2020: Europa vive sua primeira grande onda de infecções, na Itália.

26 de fevereiro de 2020: Brasil confirma seu primeiro caso, em São Paulo. Foi o primeiro caso conhecido na América Latina.

8 de março de 2020: primeiro caso é confirmado em Minas Gerais, em Divinópolis.

12 de março de 2020: primeira morte por Covid é registrada no Brasil, em São Paulo.

16 de março de 2020: primeiro caso é registrado em BH.

18 de março de 2020: Prefeitura de BH (PBH) decreta fechamento de atividades não essenciais.

30 de março de 2020: primeira morte é confirmada em Minas Gerais, em Nova Lima. 

25 de maio de 2020: OMS suspende uso e testes com a cloroquina.

4 de agosto de 2020: PBH anuncia reabertura gradual das atividades. Bares são reabertos no dia 20 de agosto.

23 de agosto de 2020: EUA aprovam o uso da vacina da Pfizer, primeiro imunizante aprovado no país.

28 de setembro de 2020: total de mortes no mundo chega a 1 milhão.

8 de dezembro de 2020: primeira pessoa é vacinada no mundo, no Reino Unido, com o imunizante da Pfizer. 

12 de janeiro de 2021: Fiocruz anuncia o sequenciamento da variante Gamma, que circulava em Manaus. 

17 de janeiro de 2021: Brasil vacina primeira pessoa contra a Covid-19, com a vacina Coronavac em parceria com o Instituto Butantan.

18 de janeiro de 2021: primeira pessoa é vacinada em Minas Gerais, também com a Coronavac.

22 de janeiro de 2021: primeiro lote de vacinas da AstraZeneca chega ao Brasil.

29 de abril de 2021: primeiro lote de vacinas da Pfizer chega ao Brasil. 

31 de maio de 2021: OMS batiza como Delta a variante encontrada primeiro na Índia em outubro de 2020.

26 de novembro de 2021: descoberta da variante ômicron é anunciada pela OMS.

3 de fevereiro de 2022: Brasil bate recorde de número diário de infecções, com 298.408 casos confirmados em 24 horas.

17 de novembro de 2022: PBH volta a obrigar o uso de máscara no transporte público e em unidades hospitalares.

7 de dezembro de 2022: governo chinês abandona parte das regras de sua política de “Covid zero”, com rígidas medidas de restrição de circulação de pessoas, após protestos populares. Casos no país escalam em um ritmo inédito e pesquisadores ao redor do mundo temem o surgimento de novas variantes do coronavírus.