Voltou a declarar vitória

Eleições nos EUA: 'Estão tentando roubar a eleição, não deixaremos', diz Trump

A fala do presidente norte-americano ocorreu na noite desta quinta-feira (5), na sala de imprensa da Casa Branca, em Washington

Por Da redação
Publicado em 05 de novembro de 2020 | 21:01
 
 
 
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Em segundo pronunciamento após o fechamento das urnas nos Estados Unidos, o presidente do país e candidato à reeleição, Donald Trump, declarou, também pela segunda vez, que é o vencedor da campanha eleitoral, antes do fim das apurações. A fala ocorreu na noite desta quinta-feira (5), na sala de imprensa da Casa Branca, em Washington. "Estão tentando roubar essa eleição, não vamos deixar", disparou. 

"Na contagem de votos legais, minha vitória é clara. Na ilegal (em referência às cédulas enviadas pelo correio), podem tentar roubar a eleição. Já venci na Flórida, Indiana, Ohio, por exemplo. É uma vitória histórica, definida pela mídia e pela tecnologia. As pesquisas erraram feio, sabemos que os resultados eram ridículos, acreditaram em uma onda democrata, mas tivemos uma onda republicana gigantesca", disse. 

Trump pontuou que houve apoio maior entre minorias sociais e que as pesquisas são mentirosas, no que classificou como "pesquisas de supressão". "Nunca foi usado no nível como foi nesta eleição", argumentou, lendo algumas previsões anteriores. 

"São votos corruptos, que corrompem as pessoas", criticou Trump, em relação aos votos enviados pelo correio. "São muito tendenciosos", completou. O político ainda afirmou que "o aparato eleitoral é controlado por democratas", sem apresentar provas, dizendo que sofreu redução de votos em alguns Estados.

"Não permitiremos que a corrupção tome uma eleição, que nossos eleitores sejam silenciados. Trabalho no meio público há muitos anos, e nunca vi tanto amor e afeto (em relação à campanha dele)", seguiu. 

Até a publicação desta reportagem, o placar eleitoral estava favorável à candidatura de Biden, com 264 delegados contra 214 para Trump.

Tensão e acusações no Twitter

Durante toda a tarde desta quinta, o presidente questionou e tensionou os ânimos eleitorais no país, e chegou a pedir, em letras maíusculas, para que "parassem a contagem" de votos e que interrompessem a "fraude".

O atual chefe do Executivo estadunidese também comemorou a decisão de Allengheny, condado mais populoso da Pensilvânia, que suspendeu a contagem de votos por acordo judicial até esta sexta-feira (6).

"Grande vitória na Pensilvânia", publicou. Conforme o governo local, há suspeição a respeito de 29 mil cédulas no local. 

Discurso anterior

Nessa quarta-feira (4), quando as urnas foram fechadas nos EUA, Donald Trump afirmou que não tinha "um discuro de concessão ou aceitação" em relação ao resultado das eleições. 

"Eu ainda não estou pensando em um discurso de concessão ou aceitação. Com sorte, faremos apenas um dos dois. Ganhar é fácil. Perder nunca é fácil. Para mim não é", pontuou o republicano.

Trump, que havia se declarado vencedor antes do término das apurações, criticou a forma como os votos são contados – em especial a validade das cédulas encaminhadas pelo correio, que tendem a favorecer os democratas. 

"Eu acho que a gente deveria saber o resultado na mesma noite. Deixem as pessoas depositar seus votos antes, mas você precisa ter os números", disparou.

 

 

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