Protesto

Erdogan pede combate à islamofobia como ao antissemitismo após o Holocausto

Erdogan condenou duramente o massacre, que considera uma sinal do aumento da islamofobia nos países ocidentais

Por AFP
Publicado em 22 de março de 2019 | 09:47
 
 
 
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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta sexta-feira um combate ao ódio contra o islã da mesma maneira como se fez com o antissemitismo depois do Holocausto, na abertura em Istambul de uma reunião da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI).

"Da mesma maneira que se combateu o antissemitismo depois da catástrofe do Holocausto, a humanidade deve combater com a mesma determinação o ódio ao islã que está em alta", declarou Erdogan no início da reunião da OCI, convocada após o ataque a duas mesquitas na Nova Zelândia. 

Ao menos 50 pessoas morreram no atentado cometido por um supremacista australiano durante a oração de sexta-feira passada.

Erdogan condenou duramente o massacre, que considera uma sinal do "aumento da islamofobia" nos países ocidentais, e acusou os meios de comunicação de "atiçar o fogo do ódio ao islã".

"Existe claramente uma hostilidade em relação ao islã e um ódio em relação aos muçulmanos. Esta ameaça virou um problema que deve ser abordado pelas forças de segurança, os governantes e os cidadãos comuns", afirmou no discurso.

"É necessário abordar os grupos neonazistas como organizações terroristas e tratá-los com tal, da mesma maneira que o Daesh" (acrônimo do grupo Estado Islâmico), completou o presidente turco.

Erdogan considerou que a solidariedade da Nova Zelândia com os muçulmanos após o atentado contra as mesquitas deveria ser "um exemplo para os dirigentes do mundo inteiro"

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