A Europa, o continente mais afetado pela pandemia do coronavírus, prosseguia neste domingo (21) com a flexibilização do confinamento com a reabertura das fronteiras da Espanha aos europeus, enquanto a América Latina superou dois milhões de casos e a China organiza testes de diagnóstico em larga escala para conter um novo foco em Pequim.
A pandemia de COVID-19 matou mais de 464.000 pessoas no mundo e infectou mais de 8,8 milhões desde o surgimento na China no fim de dezembro.
A Espanha, um dos países mais afetados com 28.322 mortos, suspende à meia-noite de sábado o alerta decretado em 14 de março e abriu a fronteira terrestre com a França - a de Portugal abrirá em 1º de julho -, assim como os portos e aeroportos aos passageiros procedentes da União Europeia (UE).
Os viajantes que chegam à Espanha não precisam respeitar uma quarentena, mas devem observar algumas medidas de prevenção como passar pelo controle de temperatura nos aeroportos e usar máscara. No dia 1 de julho a Espanha abrirá suas fronteiras a todas as nacionalidades.
Os espanhóis também podem viajar a partir deste domingo de maneira livre dentro do país. "Comprei a primeira passagem, no primeiro horário, para chegar o mais rápido possível", disse à AFP Laura García, fisioterapeuta de 23 anos, antes de entrar no trem em Madri que a levaria até Barcelona, onde encontrará o namorado que não vê há três meses.
Mais de 2 milhões de casos na América Latina
Enquanto na Europa o coronavírus parece estar controlado, no restante do mundo a COVID-19 se propaga com força.
A região da América Latina e Caribe virou o novo epicentro da doença e superou, no sábado (20), a marca de dois milhões de casos, se aproximando de Estados Unidos e Canadá (com mais de 2,3 milhões de infectados, a grande maioria no primeiro país) e da Europa, com 2,5 milhões, quase metade em Rússia, Reino Unido, Espanha, Itália e França.
Com mais de 1 milhão de casos e 50 mil mortos, o Brasil é o país mais afetado da região, seguido por Peru, com 250 mil casos e 7.861 óbitos, México (175.200 casos e 20 mil vítimas fatais) e Chile, que no sábado revisou o balanço de mortos para 7.144.
Ásia, Oriente Médio, África e Oceania estão se aproximando de um milhão de casos.
Mas depois de quase dois meses sem infecções na China, um foco em Pequim, com mais de 220 novos casos, sendo 22 neste domingo, preocupa as autoridades. A capital do país organizou testes com mais de 2,3 milhões de pessoas.
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