Internet

Facebook e Instagram proíbem apoio à supremacia branca nas redes sociais

Restrição começará a ser aplicada na semana que vem, endurecendo suas normas contra o discurso de ódio

Por AFP
Publicado em 27 de março de 2019 | 15:07
 
 
 
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O Facebook anunciou, nesta quarta-feira (27), que proibirá a exaltação e o apoio ao supremacismo branco e ao separatismo nesta rede social, no âmbito de sua campanha de combate ao discurso de ódio.

"Está claro que estes conceitos estão profundamente vinculados aos grupos de ódio organizados e não têm cabimento em nossos serviços", disse a empresa.

A nova proibição não será aplicada em caso de manifestações de orgulho americano ou do separatismo basco, por exemplo, por serem consideradas "uma parte importante da identidade das pessoas".

A restrição funcionará a partir da próxima semana no Facebook e em sua subsidiária Instagram.

As políticas do Facebook já proibiam as publicações que se refiram de forma discriminatória às pessoas devido a sua raça, origem étnica ou religião. 

Mas essa proibição prévia não foi aplicada a algumas publicações que o Facebook considerou conceitos de nacionalismo ou independência política mais amplos. 

A companhia manteve conversas com acadêmicos e "membros da sociedade civil" nos últimos meses que, indicou, a levaram a ver o vínculo do supremacismo branco e do separatismo com grupos de ódio organizados. 

"Ainda que as pessoas poderão continuar demonstrando orgulho por sua herança étnica, não toleraremos elogios nem o apoio ao supremacismo branco e ao separatismo", indicou. 

As pessoas que fizerem buscas com termos associados ao supremacismo branco obterão resultados que as enviarão a fontes como Life After Hate, uma organização que ajuda as pessoas a abandonarem esse tipo de grupos. 

Pressionado por governos do mundo todo, nos últimos anos o Facebook incrementou o uso de ferramentas de inteligência artificial para encontrar e eliminar publicações que contêm discursos de ódio, enquanto tenta respeitar a liberdade de expressão. 

"Infelizmente, sempre haverá gente que tentará utilizar nossos sistemas para propagar o ódio", disse o Facebook. 

"Nosso desafio é continuar avançando para melhorar nossas tecnologias, desenvolver nossas políticas e trabalhar com especialistas que possam reforçar nossos próprios esforços".

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