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Filho de 'El Chapo' está em prisão mexicana da qual seu pai escapou

Depois de ser capturado, Ovidio Guzmán foi enviado para a prisão de Altiplano, a uma hora de estrada da Cidade do México

Por Agências
Publicado em 06 de janeiro de 2023 | 17:44
 
 
 
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Ovidio Guzmán, filho do traficante Joaquín "Chapo" Guzmán, preso nos Estados Unidos, foi detido na prisão de alta segurança da qual seu pai escapou em 2015, perto da Cidade do México.

Depois de ser capturado na quinta-feira em Culiacán (noroeste), Ovidio Guzmán, líder dos "Los Menores" - uma facção do Cartel de Sinaloa -, foi enviado para a prisão de Altiplano, a uma hora de estrada da Cidade do México, confirmou o governo nesta sexta-feira (6).

Imagens divulgadas pela imprensa mostraram Ovidio com um colete laranja e barba pouco antes de embarcar em um helicóptero para ser transferido de uma promotoria na Cidade do México para a prisão. A operação para prender o traficante deixou dez soldados e 19 supostos criminosos mortos.

Nessa mesma penitenciária encontra-se preso Rafael Caro Quintero, o "Narco de narcos" e um dos fundadores do extinto Cartel de Guadalajara, detido em julho passado.

"El Chapo" Guzmán, que cumpre pena de prisão perpétua nos Estados Unidos, escapou dessa prisão em 11 de julho de 2015.

O então líder do Cartel de Sinaloa escapou por um túnel que ligava sua cela a uma propriedade próxima ao presídio.

Além de eletricidade, a escavação de 1,5 km contou com trilhos e tanques de oxigênio.

El Chapo percorreu essa distância em uma motocicleta adaptada aos trilhos e saiu por uma escada que ligava o túnel à casa em construção, cercada por plantações.

Mas essa não foi sua única fuga da prisão. Em 2001, Guzmán escapou da prisão de alta segurança de Puente Grande, no estado de Jalisco (oeste).

Em 2016, "El Chapo" foi recapturado e, no ano seguinte, extraditado para os Estados Unidos, que também oferece uma recompensa por seu filho.

Ovidio, de 32 anos, já havia sido preso em 17 de outubro de 2019 em Culiacán, mas foi solto por ordem do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em meio a um tumulto sangrento provocado pela organização criminosa.

López Obrador defendeu a decisão, afirmando que ajudou a evitar um massacre, quando contingentes militares foram cercados por civis armados.

(AFP)
                
 

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