Um juiz da Pensilvânia rejeitou neste sábado (22) as acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de fraude eleitoral generalizada no Estado. A medida é mais um golpe nas tentativas do republicano de reverter sua derrota na eleição presidencial.
A decisão do magistrado, que criticou a estratégia legal da equipe de Trump, abre caminho para que a Pensilvânia certifique a vitória do democrata Joe Biden no Estado, cujas autoridades devem anunciar o vencedor nesta segunda-feira (23).
Com a posse de Biden, dia 20 de janeiro, cada vez mais próxima, a equipe de Trump tem se concentrado em tentar atrasar ou impedir que diversos Estados certifiquem os resultados eleitorais, além de ter promovido inúmeras ações judiciais que até agora fracassaram.
O juiz Matthew Brann escreveu em sua decisão que a equipe do magnata republicano havia apresentado "acusações especulativas" em suas denúncias de fraude na votação por correio.
"Nos Estados Unidos, isso não pode justificar a privação do direito ao voto nem mesmo de um único eleitor", escreveu Brann. "Nosso povo, leis e instituições exigem mais."
Biden obteve 306 votos eleitorais e Trump, 232. O Colégio Eleitoral elegerá o novo presidente em 14 de dezembro, mas primeiro os Estados precisam certificar os resultados.
A recusa de Trump em reconhecer sua derrota, no entanto, complicou o processo e gerou preocupações de que a confiança dos norte-americanos em seu sistema de votação seja abalada.
Poucos republicanos até agora reconheceram Biden como o vencedor e pediram que Trump recue.