A morte, nesta sexta-feira (24), de uma mulher queimada por seu ex-namorado em uma movimentada praça de Lima, no Peru, expôs novamente a lentidão das autoridades em casos de feminicídio.
O agressor jogou gasolina e ateou fogo em Katherine Gómez, de 18 anos, durante uma discussão pública. Ela foi levada às pressas no sábado passado (18) ao Hospital Loayza com queimaduras em mais de 60% do corpo.
"Lutou por sua vida, mas, lamentavelmente, a extensão dos ferimentos de seu corpo impossibilitou aos médicos salvarem sua vida", afirmou à rádio RPP a ministra da Mulher, Nancy Tolentino.
Segundo a policia, o autor do feminicídio é um jovem venezuelano de 19 anos, identificado como Sergio Tarache Parra, que fugiu após a agressão na Praça 2 de Maio, no centro da cidade.
Um mandado de prisão foi emitido apenas na quinta-feira (23), cinco dias após o ataque, lamentou Tolentino. "A polícia me prometeu que vai esgotar todos os seus meios para encontrá-lo", acrescentou. O governo peruano incluiu o agressor em uma lista de criminosos procurados do país, com recompensa para quem der informações sobre ele.
Sergio Tarache Parra es incluido en el Programa de Recompensas del #Mininter.
— Ministerio del Interior 🇵🇪 (@MininterPeru) March 24, 2023
Es acusado de rociarle gasolina y prenderle fuego a su expareja Katherine Gómez, en el Cercado, causándole la muerte.
Se ofrece S/ 50 000 por su captura.
Llama al 0800 40 007 si conoces su paradero. pic.twitter.com/85SgYtwSS2
A ministra apelou às jovens para que escolham bem seus parceiros e não aceitem "nenhum compromisso ou relação com uma pessoa que não as respeitem, que viole seus direitos".
O Peru registrou 136 feminicídios em 2022, frente a 146 em 2021 e 138 em 2020, segundo dados oficiais.
(AFP)