Tensões

Netanyahu anuncia acordo de normalização das relações entre Israel e Bahrein

Autoridade Palestina e o movimento islâmico Hamas denunciaram a decisão como uma facada nas costas e uma agressão à causa palestina.

Por AFP
Publicado em 11 de setembro de 2020 | 16:39
 
 
 
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Um mês após o acordo histórico para normalizar as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira (11) outro acordo semelhante com o Bahrein, que foi descrito pelos palestinos como uma "facada nas costas". 

"Cidadãos de Israel, estou emocionado em anunciar que hoje à noite chegaremos a outro acordo de paz com outro país árabe, o Bahrein. Este acordo se soma à paz histórica com os Emirados Árabes Unidos", disse Netanyahu em um comunicado em hebraico. 

O acordo vai aumentar a "segurança, estabilidade e prosperidade" da região, declarou um dos assessores do xeque e ex-chanceler do Bahrein, Khalid al Khalifa.

"Envie uma mensagem positiva e encorajadora o povo de Israel de que apenas uma paz justa e abrangente com o povo palestino é o melhor caminho", acrescentou ele no Twitter.

A Autoridade Palestina e o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, denunciaram imediatamente a decisão como uma "facada nas costas" e uma "agressão" à causa palestina. 

Desde o início da tarde, a mídia israelense especulava sobre o novo acordo, também anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e confirmado por um alto funcionário do Bahrein.

Esse acordo torna o Bahrein o segundo Estado do Golfo e o quarto país árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel, depois do Egito em 1979 e da Jordânia em 1994. 

Os Emirados Árabes Unidos e Israel anunciaram a normalização de suas relações diplomáticas em 13 de agosto. 

Uma fonte israelense deu a entender à AFP esta semana que o acordo com o Bahrein estava perto de ser finalizado.

Pequena monarquia rica em petróleo, o Bahrein participou de uma cerimônia em janeiro em Washington, quando Trump anunciou seu plano de paz para o Oriente Médio, abrindo caminho para a anexação por Israel de partes da Cisjordânia ocupada.

Segundo o acordo de normalização com os Emirados, Israel concordou em suspender seu projeto de anexação na Cisjordânia. Mas Netanyahu enfatizou que o plano continua na mesa.

 

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