Desastre

Número de mortos por terremoto no sudoeste da China sobe para 589

Entre os mortos, 504 se encontravam no condado de Ludian, o mais atingido pelo violento terremoto; as fortes chuvas que caem na província e os deslizamentos de terra vêm complicando os trabalhos de resgate

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 06 de agosto de 2014 | 12:00
 
 
 
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O terremoto que atingiu o sudoeste da China no domingo (3) deixou ao menos 589 mortos, segundo o último boletim das autoridades, divulgado nesta quarta-feira (6).

"No total, 589 pessoas morreram e nove estão desaparecidas", informou o ministério de Assuntos Civis. Os feridos somam mais de 2,4 mil.

O tremor --de 6,5 graus segundo a Agência de Terremotos Chinesa e de 6,1 para o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS)-- aconteceu em uma área montanhosa de 266.000 habitantes, uma zona 300 km ao norte de Kunming, a capital da província de Yunnan.

Entre os mortos, 504 se encontravam no condado de Ludian, o mais atingido pelo violento terremoto.

As fortes chuvas que caem na província e os deslizamentos de terra vêm complicando os trabalhos de resgate e a chegada de ajuda humanitária.

As autoridades chinesas mobilizaram 7.000 pessoas, incluindo 5.000 soldados, policiais e bombeiros, para as tarefas de resgate.

Por enquanto, as equipes médicas se queixaram da falta de provisões para atender aos feridos nos hospitais de campanha instalados no local da tragédia, e alertaram que alguns pacientes precisam ser transferidos com urgência para centros médicos mais equipados.

O primeiro-ministro Li Keqiang garantiu ontem, no local do desastre, que as vítimas em estado mais crítico serão transferidas e pediu a todas as equipes que trabalham no resgate que "não cessem a busca por sobreviventes e desaparecidos".

As autoridades chinesas culparam a fragilidade das construções pelo grande número de vítimas, além da pouca profundidade do terremoto --apenas 12 quilômetros-- e da densidade populacional nesta área, muito superior à média provincial, enquanto os moradores criticaram a falta de investimentos em Ludian, uma das regiões mais pobres da China.

O sudoeste da China, situado entre as placas tectônicas Euro-asiática e Indiana, sofre com frequentes terremotos.

Em 1974, um terremoto de 6,8 graus na mesma região matou 1.500 pessoas e em setembro de 2012, 80 pessoas morreram em dois terremotos em uma região montanhosa entre as províncias de Yunnan e Ghizhou.

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