Coronavírus

Pandemia de Covid não está nem perto do fim, alerta diretor-geral da OMS

Dado o incrível crescimento da ômicron em todo o mundo, é provável que surjam novas variantes, frisou Tedros Adhanom Ghebreyesus

Por AFP
Publicado em 19 de janeiro de 2022 | 11:10
 
 
 
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A pandemia de Covid-19 "está longe de terminar", alertou nessa terça-feira (18) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), indo contra a ideia de que a variante ômicron seja benigna. 

"A ômicron continua varrendo o planeta. (...) Não se enganem, a ômicron causa hospitalizações e mortes, e mesmo os casos menos graves sobrecarregam as instituições de saúde", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus em entrevista coletiva em Genebra (Suíça).

"Esta pandemia está longe de terminar e dado o incrível crescimento da ômicron em todo o mundo, é provável que surjam novas variantes", acrescentou.

Em 11 de janeiro, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) estimou que, embora a doença ainda esteja em fase de pandemia, a disseminação da variante ômicron transformará a Covid-19 em uma doença endêmica com a qual a humanidade pode aprender a lidar.  "À medida que a imunidade aumenta na população – e com a ômicron, haverá muita imunidade natural além da vacinação – avançaremos rapidamente para um cenário mais próximo da endemicidade", disse Marco Cavaleri, chefe da estratégia de vacinas da EMA, com sede em Amsterdam. Na Suíça, o ministro da Saúde, Alain Berset, também estimou na semana passada que a variante ômicron poderia ser "o começo do fim" da pandemia. 

Mas o chefe da OMS é muito mais cauteloso e mais uma vez ressaltou que a variante ômicron não é benigna. "Em alguns países, os casos de Covid parecem ter atingido o pico, dando esperança de que o pior desta última onda já passou, mas nenhum país está fora de perigo ainda", disse ele a repórteres.

O responsável expressou particular preocupação com o fato de muitos países terem baixas taxas de vacinação contra a Covid: "As pessoas correm mais risco de sofrer de formas graves da doença ou de morrer se não forem vacinadas".

A "ômicron pode ser menos grave em média, mas a narrativa de que é uma doença leve é enganosa (e) prejudica a resposta geral e custa mais vidas", disse Tedros. 

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