Coronavírus

Peru supera os 190 mil casos de Covid-19 em meio à escassez de oxigênio

São mais de 5.000 mortos na pandemia, e o sistema de saúde do país está à beira do colapso; já o Chile registrou o maior número de óbitos em 24 horas

Por AFP
Publicado em 06 de junho de 2020 | 19:29
 
 
 
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O Peru superou neste sábado (6) os 190 mil casos confirmados em meio a uma escassez de oxigênio para pacientes graves em seus hospitais, informou o ministério da Saúde.

A cifra oficial de mortos subiu para 5.301, um aumento de 139 nas últimas 24 horas, enquanto os contagiados somaram 191.758, com 4.358 novos casos, segundo o balanço mais recente das autoridades sanitárias.

O Peru é o segundo país da América Latina em casos de coronavírus ,depois do Brasil, e o terceiro em número de óbitos, depois do Brasil e do México.

Nos hospitais peruanos, há 9.500 pacientes com Covid-19, segundo o balanço, o que coloca o sistema de saúde à beira do colapso e com uma escassez aguda de oxigênio médico para tratar os doentes graves, razão pela qual foi declarado “recurso estratégico” pelo governo na quinta-feira.

Segundo fontes do Ministério da Saúde, o Peru enfrenta um déficit de até  8.000 balões de oxigênio médico e as fábricas que o produzem foram sobrecarregadas pela crise, o que também desatou uma alta especulativa nos preços do produto.

O governo anunciou que fará compras e importará oxigênio para solucionar o desabastecimento.

“Cuidem-se, tomem todos os cuidados, não é o momento de adoecer. Hoje, menos do que antes, não é o momento de adoecer porque o nosso sistema de saúde está muito impactado”, disse à imprensa o ministro da Saúde, Víctor Zamora.

O Peru, com 33 milhões de habitantes, está há 83 dias em confinamento nacional obrigatório, sob um toque de recolher noturno e com as fronteiras fechadas. O confinamento deixou 4 em 10 peruanos sem renda, segundo um estudo do instituto Ipsos.

 

Chile

O Chile registrou 93 pessoas mortas pelo coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número diário desde o início da pandemia no país em março, elevando o número total de óbitos para 1.541, informou o governo chileno neste sábado (6).

Além das vítimas fatais, foram registradas 5.246 novas infecções de um total de 127.745 desde que o primeiro caso de Covid-19 no Chile foi confirmado em 3 de março, informou Paula Daza, subsecretária de Saúde Pública, no relatório diário sobre o avanço da pandemia.

As autoridades chilenas informaram na sexta-feira (5) que, na última semana, o número de mortos cresceu 53%. Santiago - o principal foco do país, onde vivem 7 dos 18 milhões de habitantes do Chile - concentra o maior número de mortes, com 1.184.

Uma mulher de 82 anos, moradora de uma comuna no sul da capital, foi a primeira vítima fatal do coronavírus no Chile, com sua morte registrada em 21 de março.

O governo chileno decidiu manter Santiago em quarentena pela quarta semana consecutiva, uma medida que reduz a mobilidade das pessoas em apenas 30% devido ao grande número de permissões concedidas à parte da população que precisa sair para trabalhar porque depende de contratos precários ou da economia informal.

Por isso, as autoridades aumentaram os controles diante da necessidade de reduzir os deslocamentos em pelo menos 50% para que o confinamento seja eficaz.

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