Epidemia

Surto de ebola no Ocidente é improvável, diz OMS

O diretor de estratégia da OMS, Christopher Dye, disse em entrevista que os sistemas de saúde da Europa e dos EUA são fortes, o que torna o surto improvável

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 16 de outubro de 2014 | 10:13
 
 
 
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Um grande surto de ebola nos Estados Unidos ou em outros países do Ocidente é improvável, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quinta (16).

O diretor de estratégia da OMS, Christopher Dye, disse à BBC que os sistemas de saúde da Europa e dos EUA são fortes, o que torna o surto improvável.

Dye ressaltou, porém, que a introdução do vírus nos EUA e na Europa trazia "séria preocupação".

Duas enfermeiras foram infectadas nos EUA e uma na Espanha ao tratar de pacientes vindos da África contaminados.

O surto de ebola na África Ocidental, o pior já registrado, matou mais de 4.000 pessoas. Os países mais atingidos são Libéria, Serra Leoa e Guiné.

EUA, Canadá e Reino Unido começaram a vistoriar nos aeroportos os passageiros vindos dos países afetados pela epidemia na África.

A França vai começar o mesmo procedimento a partir de sábado (18) no aeroporto Charles de Gaulle para os passageiros vindos da Guiné.

Ministros da Saúde da União Europeia estão reunidos em Bruxelas para discutir medidas contra o ebola.

Cooperação

O presidente dos EUA, Barack Obama, se comprometeu na quarta-feira a agir de modo mais "agressivo" contra a doença.

Os EUA pediram ao governo espanhol permissão para usar bases aéreas americanas no país em sua operação para combater o ebola na África, segundo um funcionário do Ministério da Defesa disse nesta quinta.

O país está enviando cerca de 4.000 soldados para a África Ocidental para ajudar a conter a epidemia.

A ideia é usar as bases como um ponto de trânsito no deslocamento de materiais para construção de hospitais na Libéria e em Serra Leoa.

A decisão deverá ser anunciada na sexta-feira, quando o ministro da Defesa espanhol, Pedro Morenes, se encontrar com o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, em Washington.

Os Estados Unidos têm quatro bases na Espanha: em Morón de la Frontera, perto de Sevilha, e Rota, perto de Cádiz, ambas no sul da Espanha, Torrejón de Ardoz, perto de Madri, e Zaragoza, no norte.

Tratamento

Uma farmacêutica chinesa com laços militares enviou à África uma droga experimental contra o ebola para utilização pelos trabalhadores humanitários chineses e está planejando realizar ensaios clínicos no continente, disseram os executivos da empresa à Reuters nesta quinta.

A Sihuan Pharmaceutical Group Holdings Ltd enviou vários milhares de doses de seu medicamento JK-05 para a região, disse seu diretor de operações, Jia Zhongxin. Mais doses poderão ser enviadas, se necessário, disse Jia.

"Os trabalhadores humanitários já levam a droga com eles, e se houver um caso (entre eles), em seguida a droga poderá ser usada", acrescentou Huo Caixia, gerente geral assistente da farmacêutica Sihuan.

Como não há tratamento ou vacina homologados contra o ebola, a OMS autorizou o uso de medicamentos experimentais em agosto.

Os governos e companhias farmacêuticas em todo o mundo correm para encontrar um tratamento para o surto.

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