Javier Milei deixará de ser "presidente eleito" para se tornar apenas "presidente" neste domingo (10/12). Depois de 20 dias de transição desde que derrotou Sergio Massa no segundo turno na Argentina, ele tomará posse em uma série de atos simbólicos que se iniciam entre 11h e 12h, no centro de Buenos Aires.

Após muitas idas e vindas no cronograma, e ainda com algumas informações desencontradas entre os órgãos oficiais, o que se sabe é que as cerimônias se darão em quatro locais emblemáticos da cidade em um raio de cerca de 1 km: o Congresso Nacional, a Casa Rosada, a Catedral Metropolitana e o Teatro Colón. Será possível ver a transmissão ao vivo pelo canal no YouTube da Casa Rosada.

Segundo a imprensa argentina, Milei entrará num carro fechado para ir do hotel Libertador, onde está hospedado desde a campanha, até o Congresso. Por volta das 12h, será recebido pela vice-presidente Cristina Kirchner e entrará no salão principal para fazer um breve juramento diante dos parlamentares. Sua vice, Victoria Villarruel, fará o mesmo.

Leia mais: Veja a lista de autoridades que irão à posse de Milei na Argentina

Em seguida, receberá a faixa e o bastão presidenciais das mãos do atual presidente Alberto Fernández. Diferentemente de seus antecessores, o economista não fará seu primeiro discurso ali, aos congressistas, e sim a seus apoiadores que convocou pelas redes sociais a partir das 11h, pedindo que levassem bandeiras argentinas.

De forma inédita, ele falará nas escadarias do edifício, como costumam fazer os presidentes dos Estados Unidos. A ideia é se opor à ideia de "casta" que tanto criticou durante a campanha, tudo com uma grande operação de segurança.

Depois, subirá num carro conversível - que ainda não se sabe qual é - e seguirá pela contramão na avenida de Maio em direção à Casa Rosada. Há uma possibilidade de que ele desça cerca de 200 metros antes, em frente à Catedral, e chegue à sede do governo argentino caminhando.

Às 14h, no salão branco, vai cumprimentar chefes de Estado e ex-presidentes internacionais, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está na capital argentina desde quinta-feira (07/12). Após uma foto oficial, receberá também o restante das delegações estrangeiras, onde deve estar o chanceler de Lula, Mauro Vieira.

Os presidente Luis Lacalle Pou (Uruguai), Gabriel Boric (Chile) e Santiago Peña (Paraguai) são alguns dos que estarão presentes. Entre os representantes da ultradireita mundial, estão o premiê da Hungria, Viktor Orbán, o ex-candidato presidencial chileno José Antonio Kast, o líder do partido espanhol Vox, Santiago Abascal, e o ministro de Segurança do governo de El Salvador, Gustavo Villatoro, enviado pelo presidente Nayib Bukele.

Mais tarde, às 17h30, será o juramento dos seus novos ministros.
Por volta das 19h, ele voltará à Catedral e participará de uma cerimônia inter-religiosa, ou seja, não exclusivamente cristã. Já ao escurecer, aproximadamente às 20h30, ele irá a um evento de gala no famoso Teatro Colón, onde deve assistir à ópera "Madame Butterfly", uma história de amor e traição que termina em tragédia.

(Folhapress)