Visível da Terra a olho nu depois de mais de 20 anos, o cometa Neowise também pode ser observado por quem está no céu. Isso mesmo, os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), a 400 km acima da Terra, registram algumas centena de fotos do corpo celeste com luz intensa. Agora, um artista gráfico as reuniu em um vídeo impactante.
O compilado de Seán Doran utilizou cerca de 550 fotos de longa exposição.
Para apreciar o vídeo, o artista fez sugestões no Twitter: "Pegue uma bebida gelada, desligue as luzes, tire a roupa, fique confortável e coloque para passar na sua televisão grande. Consuma enquanto bebe", escreveu.
Neowise
Descoberto no final de março pelo satélite Neowise da Nasa, o cometa tornou-se visível a olho nu em 3 de julho quando atingiu seu periélio, o ponto de sua órbita mais próximo do Sol, neste caso a 50 milhões de km, explicou nessa segunda-feira (13) à AFP Lucie Maquet, astrônoma do Observatório de Paris-PSL.
À medida em que se aproximam do Sol, o gelo dos cometas sublima em gases, criando um longo rastro que reflete a luz.
"É muito raro ver tão bem os cometas. O último que se viu a olho nu foi Hale-Bopp em 1997", disse a astrônoma.
Neowise é visível em qualquer parte do hemisfério norte, inclusive nas cidades, desde que o céu esteja limpo. É preciso olhar para o nordeste, entre as constelações de Dolphin e Ursa Maior, no lado oposto do cabo da "panela".
Os cometas são corpos formados por gelo, rochas e materiais orgânicos, e vêm dos confins do sistema solar: o cinturão de Kuiper, ou talvez ainda mais longe, da nuvem de Oort, que são ambas concentrações de pequenos corpos celestes.
Neowise descreve uma grande elipse em torno do Sol e sua órbita leva 6.765 anos, ou seja, sua última visita à vizinhança da Terra foi anterior à invenção da escrita na Mesopotâmia.
O fenômeno será visível até o final de julho, embora vá perdendo pouco a pouco a luminosidade à medida em que se afasta do Sol.
Veja imagens dele: