Até que ponto vale deixar o rival para voltar ao clube que o projetou? Para Fred, vale, inclusive, abrir mão de um salário monstruoso no Galo e chegar ao Cruzeiro ganhando a metade. Mas será mesmo que o centroavante retorna aos celestes apenas pelo amor que ele diz ter pelo clube estrelado?
Existe um ponto pouco analisado até o momento que merece atenção: dificilmente, no Atlético, ele teria condições de, aos 34 anos, ser o protagonista em uma competição. Digo isso porque o Galo está tentando se reinventar. Depois de alguns anos no topo, o clube gastou muito em uma temporada sem sucesso algum. Para Fred atuar em um nível acima, ele precisaria se reajustar a um time que estaria abaixo do que já apresentou, principalmente na época em que foi contratado, no meio do ano passado.
No Cruzeiro, a contratação surpreendeu. O anúncio caiu como uma bomba e dividiu os torcedores. A contragosto de alguns, Fred passa a ser o ponto que faltava para a Raposa mudar de patamar. Inclusive, como um dos favoritos à Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Fixo na área, com a movimentação por trás que o técnico Mano Menezes tanto admira, o atacante pode ser ainda mais letal do que é.
O meio campo da Raposa é recheado de jogadores acima da média. Os meias Thiago Neves e Arrascaeta, tecnicamente, são dois dos melhores em atividade no país. Robinho, com condições físicas ideais e longe das lesões, conseguiria alcançar um melhor aproveitamento com um jogador do nível do ex-atleticano em sua referência. Até mesmo o aproveitamento de Rafael Sóbis seria melhor, já que ele se livraria desse “carma” de ser o matador.
Alguns ainda vão insistir em dizer que o técnico do Cruzeiro não gosta de avançados fixos. É fato, mas Fred não é qualquer um, e, por isso, Mano já testou formações no Brasileirão tentando alguma alternativa para ter um atleta com essas características. Uma delas é o 4-1-4-1. Os celestes jogariam com um volante “cão de guarda” e mais quatro de qualidade à frente, municiando o atacante. Lembrando que os azuis costumam jogar no 4-2-3-1, com dois armadores fazendo o revezamento no “falso 9”.
Outro questionamento que vi muito nas redes sociais foi sobre Ramon Ábila. Só temos que lembrar que o argentino, apesar de jogar na mesma posição de Fred, tem mais dificuldades para trabalhar a bola. Jogar de costas para a zaga não era seu forte, e acabava que o Cruzeiro tinha dificuldade em segurar a bola no setor ofensivo. Com o recém-contratado, esse problema vai desaparecer. A qualidade técnica que ele proporciona nesse aspecto é bem superior.
No fim, o presente de Natal que a diretoria celeste tanto prometeu aos torcedores veio de maneira surpreendente, na véspera da data. Resta saber como será o reencontro com a camisa azul no Mineirão e como a torcida do Atlético receberá seu antigo jogador no clássico do dia 4 de março, pelo Campeonato Mineiro. Se o mercado estava pouco aquecido neste fim de 2017, eis que apenas uma troca de lado faz todo o cenário mudar. Pior para um, melhor para o outro.
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