Como esperado desde a campanha política, o jornalista Carlos Viana – muito popular pelas mais diversas mídias – teve 3.568.658 votos e foi eleito senador por Minas, nas já inolvidáveis e históricas eleições de 2018. Aos 55 anos, ele é especialista em gestão estratégica pelo Cepead/UFMG e professor universitário. Também foi editor chefe do “National Brazilian Newspaper”, em Nova Jersey, EUA. Boa sorte!
Carlos, comunicação e política, uma leva à outra?
Trabalham juntas, mas uma não leva à outra. O fato de ser ligado à comunicação não torna ninguém acessível facilmente à política.
O que ficou dos 23 anos de jornalismo?
Como vencedor, colaborei muito para bons resultados das emissoras em que trabalhei, cresci muito como profissional.
O que mudou?
A experiência muda a vida. Quem não se modifica é porque morreu ou não tem a capacidade de entender os novos tempos. Sou bem mais maduro em relação ao passado.
O que diria aos novos jornalistas?
Que se qualifiquem nas áreas onde têm mais afinidade e que se firmem nelas. Que sejam bem informados. Hoje, temos um grave problema. Jornalistas com um currículo muito ideológico, que não atendem à comunicação moderna. Como jornalistas, somos partes de um negócio. O que não está à venda é a notícia. Mas o jornalismo é um produto que deve ser feito e tratado com credibilidade e confiança. Recomendo que se informem bem, que não caiam na armadilha do diploma como donos da verdade.
O que os eleitores podem esperar do novo senador?
Muita determinação para reencontrarmos o rumo da justiça social, da paz e, com muita coragem, o combate aos privilégios e às categorias que tomaram o Estado como sendo particulares.
E dos governos estadual e federal?
Toda eleição é um reinicio de esperança. Entendo que o governo Bolsonaro e o governo Zema podem nos ajudar nesse crescimento e nos avanços necessários.
O que diria da receita do jornalista J. R. Guzzo lembrando a Bolsonaro que é mais importante desfazer do que fazer?
Guzzo tem razão, o Estado ganhou um peso muito expressivo nas costas do contribuinte brasileiro e não funciona. Hoje precisamos buscar eficiência com recursos que estão escassos. Muita gente critica a PEC dos gastos, mas, para mim, é positiva. Ela nos ensina que o dinheiro público tem limite. E se ele tem limite, nós temos que aprender a gastar bem. O que não ocorreu nas últimas gestões. O governo Lula, por exemplo, aumentou o dobro das despesas de governo em relação à arrecadação. Hoje o Estado se desenvolve de forma lenta, não respondendo ao que a população quer. E custa muito caro.
A receita de progresso, sucesso e de uma caminhada feliz vale para o novo governo de Minas?
Se o governo estadual fizer a parte dele, se tornando mais leve e eficiente; cumprindo o que se espera, melhorando os índices de educação, saúde e segurança pública, nós vamos, naturalmente, nos sentir mais satisfeitos.