Acho o Neymar uma graça! Seus olhos cor de mel e aquele jeito de menino levado fazem dele um rapaz bonito.
E fico aqui pensando: se, em vez dos cabelos esquisitos, ele fizesse que nem o Cristiano Ronaldo ou o bonitão inglês David Beckham, metrossexuais assumidos, como ficaria?
Ah! Tanto faz! Seu novo visual não muda sua forma de jogar nem de ganhar fãs e namoradas lindas, charmosas e famosas. E foi por causa dos cabelos que recebi uma enxurrada de mensagens e piadinhas no WhatsApp, comparando suas mechas com o macarrãozinho de solteiro, Miojo, ou pior, comparando-o à louca da Dercy Gonçalves, com fotos de um ao lado da outra. E foi por causa do seu corte que no primeiro jogo do Brasil, olhando para aquela coisa indefinida e misturada, eu falei: calopsita! Ele está igualzinho ao passarinho em dias de acasalamento. E todos concordaram comigo.
No segundo jogo do Brasil, já o encontramos diferente: cortou um bocado de mechas, ficando menos calopsita e menos Miojo. Confesso que melhorou.
E, por falar em bonitões, uma semana antes do primeiro jogo, recebi de pelo menos três amigas uma única mensagem: preste atenção no goleiro da Suíça! E logo abaixo, a foto do sujeito. Quer dizer, de um dos homens mais bonitos que já vi na vida, cara de modelo, físico de atleta, cabelo de propaganda de xampu e por aí vai. Numa das capas do Super, encontro o próprio, que, além de bonito, diz ser um ótimo cozinheiro.
Pois bem, antes do jogo contra a Suíça, o que mais se ouviu entre a mulherada foi: “Que horas vai ter o goleiro? Bora torcer pro goleiro!”
E no WhatsApp, comentários divertidos das amigas: “Só pode ser fake, esse cara foi feito no computador!” E a outra: “Não é, não, já googlei!” E a melhor de todas: “Tô torcendo para ele me confundir com a bola!!! Estou redonda mesmo!!!”
Só rindo.
Até que o dia do jogo chegou. E com ele a decepção: o goleiro parecia outro, bem diferente daquele das telas dos celulares. Vai entender!!! Em compensação, a mulherada descobriu rapidinho o goleiro brasileiro, que, até então, nunca tínhamos visto. E de jogo em jogo, sem muito entusiasmo, eu sei, vamos nos divertindo.
Descobri que, da Copa passada, apenas o Marcelo e o Neymar continuam no time. Tirando os dois, não conheço mais nenhum. A explicação? Simples. Todos jogam no exterior, a maioria em times europeus, ganhando fama, projeção internacional e uma montanha de dinheiro. E, se o atleta não tiver cabeça para administrar essa dinheirama, pensando já no futuro, pode ter problemas sérios, afinal, a glória e a fama duram pouco, porque a carreira de um jogador é relativamente curta.
Já perceberam que o assunto aqui está morno igual ao primeiro tempo contra a Costa Rica. Confesso que ainda não me empolguei com a Copa. Passei metade do jogo respondendo e-mails e mensagens pelo celular, enquanto minha mãe, ao meu lado, reclamava:
– Filha!!! Larga esse telefone!
E eu, entre um tombo e outro do Neymar, com o rabo de olho, olhava para a TV. Só me empolguei mesmo no final, quando, nos últimos minutos da prorrogação, fizemos dois gols. Ufa! Pelo menos o risco de nos desclassificarmos, que nem a Argentina, não corremos mais.
O que acho incrível é a memória curta dos nossos locutores, falando, em alto e bom som, do vexame de “nostros hermanos” argentinos. Afinal, 3 a 0 pra Croácia foi o fim da picada! Concordo. Mas, sinceramente, nada mais constrangedor que o 7 a 1 sofrido por nós na última Copa.
Lembro que, na época, eu e minhas filhas estávamos na Turquia, vendo e ouvindo na TV a narração da final em turco.
Naturalmente, sem entender bulhufas, disse às meninas:
– Olhem aí na internet, pois não dá para saber direito o que está acontecendo.
Mais ou menos como aquele sujeito que postou no Facebook: “Saí pra fazer xixi e, quando voltei, não sabia se era replay ou se era outro gol”.
– Gente! Pelo amooor de Deus, desliguem a energia do Mineirão! – disse brincando, enquanto o turco narrava a oitocentos decibéis aquele sétimo gol.
Para não chorar, só mesmo rindo. E foi o que fiz.
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