Diz o dito popular que o brasileiro gosta de deixar tudo para última hora. No futebol, o que os jogadores gostam de deixar para resolver ou decidir em cima da hora é aquele jogo que vai caminhando para um final dramático, e a aposta na última bola acaba sendo o que resta no fim da festa.
Na última rodada do Mineiro, tivemos Atlético e Cruzeiro fazendo o mesmo tipo de final de jogo, só que com resultados diferentes. No sábado, em Divinópolis, o Galo estava empatando em 1 a 1 com o Tricordiano. Correria, desespero, pressa e todo mundo de preto e branco querendo jogar a bola na área para ver o que acontecia. Nos acréscimos, aconteceu. Gol de quem está lá para fazer. O torcedor até esquece se o time jogou bem ou mal, ele quer é vibrar. Ufa! No domingo, no Mineirão, o Cruzeiro estava empatando em 1 a 1 com o Tombense. A mesma correria, desespero, pressa e a bola não entrou.
Não é melhor buscar o gol com afinco desde o início?
Em muitas partidas, os times ficam cozinhando o jogo, toques de lado, bola para a zaga e sem muito empenho. No finalzinho, ficam loucos para ganhar. Difícil entender, mas é da natureza do homem e do futebol. Quem joga pelada no famoso dez minutos ou dois gols sabe muito bem o que é isso.
Da profissão. Já há muitos times sofrendo com jogadores contundidos. Não é fácil investir em um atleta e ele não poder entrar em campo. A imprensa sempre tenta buscar a causa de tantas contusões em determinados times, mas a resposta é sempre inconclusiva. Temos que aceitar que o corpo humano tem seus limites e que cada jogador também. O ritmo está muito puxado.
Atenção! O Atlético vai vencendo os seus jogos, mesmo sem convencer. O time é bom, mas está faltando liga. É preciso tomar cuidado para os resultados não mascararem os limites. Ganhar o Mineiro é sempre bom, mas não é garantia de sucesso. Tem gente patinando e doido para perder posição. Logo, logo vão pedir Fred e Rafael Moura juntos no ataque. Volta logo Victor. 3
Daí não sai. Apostar em Robinho para ser o homem surpresa do Cruzeiro me parece querer forçar muito a barra ou expor uma grande deficiência no elenco. Robinho não vai render muito mais do que isso. Sempre foi limitado. Um jogador esforçado e sem brilhantismo. Mano precisa descobrir alguém com mais talento e visão de jogo.
Exemplo. Na semana passada, questionei os espaços vazios no Mineirão durante os jogos do Cruzeiro. A Minas Arena logo informou que o clube é quem determina os setores que serão utilizados. Minha sugestão foi fechar todo o anel superior nos jogos menores. Domingo, contra o Tombense, ficou claro que seria a melhor opção. Entra Mineiro, sai Mineiro, e nada muda.