Mais disputa
A eleição do governador de Minas em turno único ficou mais difícil ontem após a entrada do emedebista Adalclever na disputa, substituindo Lacerda, e a divulgação de mais uma pesquisa apontando melhoria dos índices dos candidatos pequenos. No novo levantamento MDA/CNT, o líder Anastasia marcou 25,1% contra 27,7% dos adversários somados: um cenário de dois turnos viabilizado principalmente pelo crescimento de Romeu Zema, que pontuou 4,3%. Essa pesquisa ainda não incluiu o novo concorrente do MDB. E este está entrando com ampla coligação de partidos, tempo de TV e potencial para dar mais força à tendência de decisão no 2º turno.
Meia-boca
Embora polarizando a disputa mineira, Anastasia e Pimentel não empolgam o eleitor. No MDA/CNT, o tucano fica numericamente abaixo dos nulos, que chegam a 25,7%. E o governador petista, com 18,6% de intenções de voto, perde para o índice de indecisos, 21,3%.
Segundão
O dado mais impactante da pesquisa MDA/CNT em Minas é o desempenho de Fernando Haddad: o virtual substituto de Lula, no cenário sem o ex-presidente, aparece em 2º lugar com 12,6%. É a primeira pesquisa num grande Estado a registrar índices de dois dígitos para o petista e a apontar um 2º turno entre ele e Bolsonaro, líder sem Lula com 21,9%.
Pulo do gato
O índice de Haddad no MDA destoa completamente do Datafolha, que deu 4% para o petista no Estado. As duas pesquisas são do mesmo período. A explicação para a disparidade dos números está na diferença de abordagem do eleitor. No Datafolha, o nome de Haddad foi incluído na lista de nomes, junto com os rivais, sem nenhuma referência especial. Já o MDA formulou a pergunta de modo a deixar claro para o entrevistado que Lula “está sendo substituído” por Haddad. A informação prévia fez toda a diferença.
‘Chuchumbo’
Alckmin chega hoje em BH com o duro desafio de reverter os rumos da sua campanha E convencer aliados mineiros de que ainda é competitivo, tem chances de ir ao 2º turno. O presidenciável tucano passa por fase muito negativa, desacreditado e traído em sua própria coligação por todo o país em função do raquitismo eleitoral. Em Minas, ele registrou nas últimas pesquisas 4%. Em outros Estados não tem sido melhor: marcou 2% no Rio de Janeiro, o pior desempenho de um tucano em eleição presidencial. Até em São Paulo, do qual foi o governador mais longevo, Alckmin patina em desonroso 3º lugar, atrás de Lula e Bolsonaro. A maré anda tão adversa que o seu apelido Chuchu ganhou uma variante nos bastidores: Chuchumbo.
Sr. Rejeição
Aliados de outros partidos não estão assumindo o apoio a Alckmin em suas campanhas por um forte motivo: os eleitores não querem o tucano, dono da maior rejeição entre todos os presidenciáveis segundo o instituto Ipsos. Os que votaram no PSDB no passado hoje se inclinam para Bolsonaro.
O vice-presidente do Cruzeiro, Ronaldo Granata, com ex-presidente do clube, Gilvan Pinho Tavares, e o torcedor Rodrigo Flausino
Toga nova
A juíza Valéria Rodrigues Queiroz toma posse como desembargadora nesta sexta-feira, às 10h, no TJMG. A magistrada foi promovida semana passada para a vaga na 15ª Câmara Cível. Na carreira desde 1992, ela é conhecida por seu trabalho na área da Infância e da Juventude.
Pulverizou
No MDA/CNT, nada menos que nove candidatos mineiros ao Senado estão embolados na faixa de 4% a 8% dos votos. Esta eleição de senador já pode ser considerada como a mais disputada e imprevisível da história do Estado.
Mão amiga
Anastasia ganhará de empresários nesta terça, 28, um jantar por adesão no Automóvel Clube de BH, do qual é um dos mais conhecidos sócios. É um evento para cerca de 300 talheres. Vai ser uma ajuda e tanto para o tucano. Com o preço do convite a R$ 5.000 e a mobilização que está sendo feita pelos amigos do senador no clube, o jantar deve render pelo menos R$ 1,5 milhão em doações para os cofres da campanha.