Um dos assuntos amplamente trabalhados pela Câmara Americana de Comércio em Minas Gerais (Amcham MG) durante o mês de junho foi a “Felicidade como estratégia dos negócios”. Inclusive, toda a trajetória de discussões e eventos sobre a temática tinha o objetivo de preparação para o CEO Fórum deste ano, que teve início da temporada em Belo Horizonte, no último dia 20/6, e segue em atividade nas outras 15 unidades da Amcham por todo país.
E para enriquecer ainda mais o debate sobre felicidade corporativa, a Amcham Brasil lançou a pesquisa “Panorama Liderança 2024”, com importantes insights, sobretudo, em relação à postura e entendimento das lideranças executivas. A pesquisa foi aplicada de 14 a 26 de maio de 2024. Dos 780 entrevistados, 70% representam empresas de médio e grande porte que geram cerca de 1 milhão de empregos e possuem um faturamento anual estimado em R$ 1,3 trilhões.
Os executivos participantes, em expressiva maioria (94%), veem uma relação positiva entre bem-estar, motivação e produtividade no ambiente de trabalho. Sobre a correlação entre promoção de bem-estar e felicidade com motivação, engajamento e produtividade, 62% dos líderes afirmaram enxergar uma relação altamente positiva, enquanto 32% consideram essa relação moderada. Apenas 6% indicaram não haver correlação ou consideraram a influência mínima.
Porém, mesmo com o reconhecimento da importância do bem-estar para a produtividade e engajamento, a maioria dos líderes brasileiros permanece avaliada majoritariamente por metas tradicionais de curto prazo, como financeiras (84%) e de satisfação dos clientes (64%). Apenas 1/3 dos respondentes indicaram ser avaliados hoje por indicativos de clima ou cultura (36%) ou metas de sustentabilidade (31%).
Quando o assunto são os fatores que mais pressionam as lideranças e a estrutura organizacional por mudanças, os líderes indicaram um ganho de relevância em dois principais fatores. O primeiro deles são as novas tecnologias e ferramentas (67%), com um aumento significativo de 18 pontos percentuais em 2024, constatando que é preciso adotar e integrar novas tecnologias nas organizações. O segundo fator é a maior exigência dos stakeholders (42%), explicada pela transformação e novas pressões de mercado. Ademais, o tema novas metodologias (47%) permaneceu estável em relação a 2023, continuando a ser um fator relevante na condução das transformações organizacionais.
A Panorama Liderança também pesquisou sobre o desenvolvimento pessoal dos líderes. Os executivos participantes identificaram as seguintes prioridades: Inteligência emocional (71%), saúde mental e emocional (64%), autoconhecimento e reflexão (64%), networking e relacionamento (60%). Outro ponto do estudo foi a atenção para uma mudança de estilo de liderança. Dentre uma lista de 59 características, as principais desejadas foram: Liderança inspiradora (63%), pensamento estratégico (61%), inteligência emocional (61%).
Para conferir mais dados e a pesquisa completa, basta acessar o link: https://conteudo.amcham.com.br/panorama-2024
(*) Douglas Arantes é gerente regional da Amcham Minas Gerais (Amcham MG)