“Exu não é diabo”:A frase defendida pelo Sacerdote Leonardo Caputi ultrapassou os limites dos terreiros e ganhou as telas, os palcos e as ruas. Hoje, ela é título de um documentário impactante que busca combater o preconceito religioso, resgatar a ancestralidade e devolver a dignidade às entidades cultuadas nas religiões de matriz africana.

O filme, que conta com a presença, vivência e voz de Leonardo Caputi, mergulha nas raízes da espiritualidade afro-brasileira, revelando a verdadeira essência de Exu, o mensageiro, o guardião dos caminhos, o senhor da comunicação e da ordem. Longe das associações equivocadas criadas por séculos de intolerância religiosa, o documentário apresenta um Exu ancestral, símbolo de sabedoria, poder e liberdade.

Sacerdote de Umbanda, Quimbanda e iniciado em Ifá, Leonardo Caputi é hoje um dos nomes mais respeitados do Brasil quando se fala em espiritualidade e desmistificação das religiões afro. Sua atuação firme e didática rompe fronteiras espirituais e sociais, promovendo diálogo e educação religiosa em escolas, universidades, coletivos culturais e meios de comunicação.

Quando afirmo que Exu não é diabo, não estou apenas corrigindo um erro teológico. Estou defendendo o direito de um povo existir com dignidade e respeito”, afirma Caputi no documentário.

A produção, que já ganhou uma versão em curta-metragem, terá em breve sua versão longa e original lançada ao público, prometendo ainda mais profundidade e impacto. Com depoimentos, imagens de rituais sagrados e uma estética que mistura o sagrado e o simbólico, “Exu Não É Diabo” se consolida como uma obra urgente e necessária.

Mais do que um documentário, o projeto virou um movimento. Nas redes sociais, nas ruas e nos espaços de fé, a frase se tornou um grito de resistência, um símbolo de orgulho e consciência espiritual.

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