Desde que estreou como Tiago Roitman no remake de Vale Tudo, Pedro Waddington, de 27 anos, vem sendo alvo de críticas duras — e muitas vezes desproporcionais. Filho da atriz Helena Ranaldi e do diretor Ricardo Waddington, ele decidiu trilhar seu próprio caminho na dramaturgia, enfrentando, além do peso do sobrenome, a expectativa injusta de uma perfeição imediata.
É sua primeira novela. E não qualquer novela: trata-se de Vale Tudo, um dos maiores clássicos da televisão brasileira, agora reimaginado com um elenco estelar. Contracenar com nomes como Paolla Oliveira, Débora Bloch, Malu Galli e Alexandre Nero não é simples — e ainda assim, Pedro se entrega com honestidade, buscando nuances em um personagem complexo, jovem e em conflito com sua própria história.
Criticar um ator iniciante como se fosse um veterano é ignorar o processo artístico. Ninguém nasce pronto. A formação diante das câmeras acontece com o tempo, a experiência e o erro. Pedro tem presença, sensibilidade e uma trajetória promissora — mas não pode ser julgado como se estivesse no capítulo final de uma longa carreira.

Há espaço para crescimento, claro. E é isso que torna sua jornada interessante. O que falta, muitas vezes, é empatia do público e da crítica. Vale lembrar: quem hoje é celebrado também começou um dia ouvindo que não era bom o suficiente. Pedro Waddington está apenas começando — e com coragem. Isso, por si só, já merece respeito.
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