ANDREA ANDRADE

Até quando?

Redação O Tempo


Publicado em 30 de agosto de 2018 | 03:00
 
 
 
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Todo mundo sabe que o governo tem que cumprir suas obrigações administrativas e sociais para com o povo, não cumpre. O parlamento precis reformar as leis permissivas que os tempos de demagogia produziram, e o judiciário, aplicar o ordenamento jurídico com critério e rapidez. Parece fácil, e é, senão fossem os interesses próprios e a demagogia que reina no País. Estamos aa menos de 45 dias das eleições e próprio povo brasileiro está perdido. Enquanto alguns fanáticos defendem com unhas e dentes seus candidatos e repudiam com veemência qualquer adversário, a grande maioria se vê confusa diante das desinformações divulgadas nas redes sociais. Como votar? Em quem acreditar?

O trabalho jornalístico feito pelo jornal O Tempo no combate ao "fake news" tem sido primordial. Uma vez que as “notícias falsas” envolvem e enganam leitores diariamente. O consumo de fake news leva a consequências concretas e desastrosas. É necessário estar atento o tempo todo, pois estamos expostos a um volumoso número de dados e informações. As fake news não são novidade, mas se transformaram em um problema realmente grave. É cada vez mais fácil espalhar desinformação na rede.

Teremos eleições para cargos do executivo (presidente e governadores) e para o legislativo (senadores, deputados federais e deputados estaduais). A maioria da população anseia por mudanças e transformações urgentes. O eleitorado de Contagem pesa, já que temos 459.948 eleitores, sendo que a grande maioria tem entre 25 e 60 anos. A cidade pode e precisa eleger candidatos de Contagem que vivem o município diariamente e podem responder por seus atos. Enquanto o voto é obrigatório, vote em candidatos da cidade, valorize seu voto. Há campanhas para que o voto seja facultativo, uma escolha das pessoas que querem eleger seus representantes. A favor desse posicionamento há o argumento de que tal medida diminuiria os casos de corrupção nas eleições, além de ampliar a possibilidade de escolha dos cidadãos, já que poderiam começar escolhendo se querem votar ou não.

Hoje, Contagem é a 3ª mais rica de Minas Gerais e a 2ª na geração de empregos. Maior que muitas capitais, Contagem já é a 25a. Cidade mais rica do país.

A cidade é um fenômeno vivo, processual. Sua história foi construída por todos e todas que nela trabalham e vivem. Como resultado de todas as ações de todos os segmentos sociais nos quase 300 anos de fundação do município e nos 100 anos de emancipação política, completados em 2011, o povoado que começou pequeno, cresceu e se transformou em um dos mais importantes de Minas. Ou seja, faz a diferença em Minas Gerais e no Brasil.

A presidente do STF, declarou que: "o cidadão deve estar cansado de todos nós", referindo-se aos ocupantes das nossas instituições republicanas. Trágica e verdadeira constatação. Mas o próprio poder judiciário aprovou um aumento de 16% no salário da magistratura, alegando que estão na penúria (sic). Comparando: o salário médio mensal da classe trabalhadora gira em torno de R$ 2.200,00 enquanto "apenas" o auxílio moradia dos juízes é de R$ 4.700,00.

Para finalizar cito o economista Celso Traco que lembra a fase atribuída a Charles de Gaulle “O Brasil não é um pais sério". Segundo Traco, na verdade não é dele. “Entre 1961 e 1963, Brasil e França tiveram um contencioso, barcos franceses vinham pescar lagostas na costa brasileira. Uma tensão militar se estabeleceu entre os dois países. Em meio à pendenga, Moreira da Silva, cantor, lançou um samba intitulado "A lagosta é nossa", que satirizava a situação. Um diplomata brasileiro que participava das conversações com os franceses, ouvindo o samba, proferiu então a frase, que se tornou famosa. Até quando continuaremos a fazer piadas com situações sérias?” Pois é, até quando!

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