ANDREA ANDRADE

Direita e esquerda, volver

Os debatedores empregam mal esses rótulos, por não conhecerem a carga ideológica que eles comportam


Publicado em 14 de dezembro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Não perca seu tempo classificando as pessoas, os partidos e as bandeiras entre esquerda e direita. Os debatedores empregam mal esses rótulos, por não conhecerem a carga ideológica que eles comportam, e também raramente sabem em que contexto elas nasceram. Poucos sabem que a origem dos termos direta e esquerda no âmbito político ocorreu durante a Revolução Francesa. Um dos acontecimentos mais impactantes da história, haja vista que foi a partir dela que novos modelos políticos, sociais e culturais surgiram na Europa. A princípio seria o conservadorismo contra o progressismo, mas no Brasil fizeram uma mistura bizarra, que poucos conseguem entender e a maioria só discute nas redes sociais. Portanto, atualmente, a classificação existe apenas no discurso, não mais na vida real. Hoje, ser de esquerda ou de direita transformou-se numa ferramenta retórica para criar conflitos, marcar posições e demonizar adversários. Não mais do que isso. As categorias “direita” e “esquerda” precisam ser avaliadas por meio de estudos mais profundos sobre o progressismo e os conservadores. Só assim é possível entender como se originaram o comunismo, o liberalismo, o libertarianismo, o anarquismo, o fascismo etc.

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