Mestres nas redes sociais

Está chegando a hora. O povo brasileiro vai votar. Infelizmente tem cerca de 4 milhões eleitores que não fizeram o recadastramento biométrico e não vão votar. Enquanto isso, o que vemos diariamente são candidatos desesperados por não verem suas campanhas decolar. Eles partem para a agressão aos concorrentes que lideram as pesquisas. Já começaram a surgir, embora em pequena escala, casos de simpatizantes partindo para o desforço físico, e a choradeira de alguns que se apresentam como vítimas. E é um tal de afirmar: "tá na hora de acordar, vote em fulano". Agora não é a hora de acordar, o cidadão brasileiro já está vivendo um caos total e já está acordado.

Um dos maiores problemas da política brasileira sempre foi a corrupção e ela não começou agora, ao contrário, agora é que começou a ser mostrada e a corrupção está em todos os poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário. A falta de saúde e de segurança é notória, mas houve investimentos. Focamos nas propostas de mais investimentos. O governo federal já aumentou em 6,9% os gastos em segurança pública, chegando a R$ 9,7 bilhões, em 2017, segundo dados do 12º Anuário de Segurança Pública, que reúne informações sobre segurança e violência em todo o Brasil. Pelo menos é o que informaram e fica até bonito para dizer na campanha, mas se já foi feito, qual realmente foi o diferencial, se as estatísticas apontam para um recorde nos números de assassinatos no país? Pesquisa divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) neste mês, aborda as eleições de 2018 e aborda a avaliação do governo do presidente Michel Temer como negativa para 81,5% dos entrevistados e positiva para 2,5% dos entrevistados. Para 15,2%, a avaliação é regular, e 0,8% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 7,0% contra 89,7% de desaprovação; 3,3% não souberam opinar. Ou seja, só piorou. Momento crucial, moderação é o que se pede a todos os envolvidos no processo eleitoral. Só assim é que poderemos aferir e desfrutar da verdadeira opinião do eleitor. Lembro de um vídeo que assisti do professor Leandro Karnal, onde ele cita que depois que inventaram as redes sociais todos se acham no direito de postar opiniões como se fossem doutores. Isso acontece diariamente, não só em relação à política. A gente vê muitos posts e mensagens sem qualquer conhecimento específico ou técnico, mas unicamente com o intuito de transmitir opiniões para influenciar o próximo.