Um buraco negro

O Governo de Jair Bolsonaro passou os cem primeiros dias de governo e apresenta o pior índice de aprovação de um presidente recém-eleito, desde Collor. Acabou a "lua de mel" com a opinião pública e praticamente todos os problemas e crises enfrentadas foram geradas dentro do próprio governo, seja por declarações desastradas de Bolsonaro, de seus filhos, de seus ministros ou de membros de seu partido, o PSL. Cada flash, um desastre, ou seja, nem foi necessário ter oposição para piorar a própria situação. Agora, depois do tiroteio político-ideológico e das repercussões da reforma da previdência e da nova lei anticrime, que se encontram no Congresso, o governo se prepara para lançar medidas econômicas que destravem o país. Pode ser uma saída. Afinal, o brasileiro é prejudicado pela excessiva burocracia. Na abertura quanto no fechamento de negócios são processos demorados e onerosos. Bolsonaro gosta e se tem se dado muito bem nas redes sociais, o que faz com que ele continue a se concentrar naquele público que já lhe é fiel, já convertido, deixando de lado os demais brasileiros. A qualquer post nas redes sociais, imediatamente aparecem os "bolsominions" brigando e defendendo o presidente insanamente, sem consistência, fechados em sua "bola digital" regurgitam e vomitam as maiores barbaridades, sem temor algum. Há casos e mais casos de denúncias nas delegacias de crimes cibernéticos que não resultaram em nada, de fato. E no Brasil proliferam as pessoas que atacam o outro com palavras de baixo-calão. Um buraco negro.