O carnaval sempre teve pouco ou nenhum recurso público em Belo Horizonte! Os blocos, por exemplo, sobrevivem sozinhos ao longo do ano sem nenhum incentivo. São frutos da vontade popular e do trabalho não pago de artistas e técnicos. Todos estes blocos estão parados há anos.
O carnaval das escolas de samba, o histórico carnaval de passarela também está passando por dificuldades. Estas, ainda mais agudas!
Nossas escolas tradicionais antigas, que se misturam à história da cidade, passam pelas mesmas dificuldades.
Essas dificuldades colocam em xeque não apenas a realização das festividades em 2022, mas até mesmo nos próximos anos.
Anualmente, o Carnaval é realizado por conta da vontade de lideranças, muitas delas invisibilizadas.
O Carnaval de Belo Horizonte é um dos maiores do país, mas não é pelo incentivo público, mas por vontade popular, teimosia, amor e resistência dos amantes da festa!
Ele também é lucrativo. Sua existência mantém uma a economia de comunidades, bairros, à movimentação de lojas temáticas. Garante a lotação de hotéis. Sem falar nos trabalhadores ambulantes, que não pulam a festa para garantir uma cerveja gelada aos foliões. E da Catucaí, que virou uma bebida mineira através da festa!
Até os catadores de materiais recicláveis são beneficiados. Todas aquelas latinhas se tornam fonte de renda para aqueles que mais precisam.
Se organizar direitinho, já sabe né?!
Ninguém cai na sanha moralista da direita de criminalizar a manifestação festiva de rua, que alegra e transforma a cidade por uma semana no ano.
A pandemia ainda não acabou, isso é fato! Mas estamos todos trabalhando, pegando ônibus lotado, as escolas com as aulas presenciais, os teatros voltando a funcionar, o futebol tem alegrado o coração dos apaixonados.
Por que a festa do povo brasileiro está sofrendo tanto para retornar?
Tudo isso com todos os protocolos de segurança, óbvio!
Por que o poder público não discute publicamente o Carnaval de passarela, por exemplo?
O Carnaval de passarela sempre teve controle de público. Não faz sentido manter esta atitude.
Por que precarizar, ainda mais, uma movimentação que traz inclusive lucros a cidade?
Simplesmente porque o Carnaval é uma festa popular, em que qualquer pessoa pode chegar e se divertir. Mas desde quando a população tem o direito de ter um momento de lazer, não é verdade?
Temos a solução para isso: vacina para todas e todos.
Ela só não chegou aos negacionistas. Mas esses não gostam de festas, estão ancorados no rancor persecutório, tentando defender o que sobrou de um falso mito. Eles não conhecem toda magia e afeto que o carnaval nos proporciona.
Não seja como eles.
Tome sua vacina: primeira dose, segunda e a de reforço.
Proteja-se, para o Carnaval ou para qualquer outro momento. A vacina é a única solução para voltarmos a celebrar o carnaval, celebrar a vida.
Seja feliz, seja festivo!
A alegria e a celebração popular são revolucionárias.