Nunca se falou tanto em saúde – e na falta dela – como nos últimos tempos. E não é para menos, num piscar de olhos a pandemia do novo coronavírus tomou conta do planeta, deixando nítida a sensação de que ‘tudo o que é solido se desmancha no ar’. Mas que lição podemos tirar de tudo isso? São muitas as lições, mas a maior delas passa pela importância de cuidar da própria saúde, para que não nos falte tempo para cuidar dela sob pena de precisarmos arranjar tempo para cuidar da doença.

Isso implica, obrigatoriamente, em investir na prevenção. E se prevenir segue sendo o melhor remédio, é oportuno para falar sobre os cuidados com a saúde da mulher, com especial atenção para a necessidade da realização de exames que possibilitam a detecção do câncer de mama, ainda em estágio inicial.

A pandemia afastou muitas pacientes dos consultórios e fez com que alguns exames fossem adiados. Por um lado, a prevenção relacionada ao coronavírus. Por outro, exames e consultas de rotina, que também significam prevenção, colocados em segundo plano. Mas até que ponto os cuidados médicos rotineiros podem ser deixados de lado diante de uma pandemia? Na realidade, não podem. Saúde debilitada é porta de entrada para muitos outros problemas, dentre eles, o agravamento da Covid-19.

A pandemia diminuiu em 75% a realização de mamografias que deveriam ter sido feitos entre abril e maio de 2020. Por se tratar de uma doença silenciosa, o diagnóstico precoce feito por meio da mamografia regular, salva vidas. Portanto, é preciso orientação médica de acordo com cada caso na hora de escolher entre priorizar ou adiar exames e consultas médicas. 

No equilíbrio da balança entre o que priorizar ou adiar, deve-se levar em consideração fatores de risco da paciente, como: hereditariedade, idade, histórico da doença e estilo de vida. Estes são pontos que devem ser observados com atenção pelo profissional da saúde ao orientar a mulher o lado da balança que pesa mais.

A mamografia deve ser incorporada ao rol de cuidados da saúde de toda mulher acima dos 40 anos, é o que recomenda a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já o Ministério da Saúde preconiza a realização do exame para a faixa etária entre os 50 e 69 anos, a cada dois anos. As chances de cura do câncer de mama podem chegar a 98% de descoberto em estágio inicial. Adiar a mamografia pode colocar em risco não somente as chances de cura, mas faz também que um eventual tratamento exija mais da paciente.

Sabemos que o último lugar que alguém quer estar no momento é dentro de um hospital. Com isso, a procura por clínicas de imagem na realização de exames tem sido um meio mais seguro para manter os cuidados com a saúde. Porém, em hospitais ou clínicas, os cuidados com a higiene, limpeza e uso de máscaras antes, durante e depois de estar em ambientes considerados de risco são fatores determinantes para a prevenção do novo coronavírus.

Cuidar da saúde é algo que só podemos fazer no presente, não é recomendado adiar e tampouco fechar os olhos para o nosso bem mais precioso.