A educação não é apenas um meio para obter um diploma, mas sim um processo contínuo de aprendizado e crescimento. Em um mundo cada vez mais dinâmico e competitivo, a busca por uma formação acadêmica sólida é fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional. Uma boa formação acadêmica proporciona excelentes bases necessárias para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Ela não se limita apenas ao conhecimento teórico, mas também promove habilidades essenciais, como pensamento crítico, resolução de problemas e comunicação eficaz. Essas competências são essenciais não apenas no ambiente acadêmico, mas também no mercado de trabalho e na vida cotidiana.

Além disso, uma base educacional sólida abre portas para explorar diversas áreas de conhecimento e descobrir paixões e interesses. Isso permite ampliar os horizontes e desenvolver uma compreensão mais profunda do mundo ao nosso redor, nossos desejos e ambições profissionais. A diversidade de disciplinas e perspectivas enriquece a experiência educacional e prepara os alunos para lidar com a complexidade da sociedade moderna, que exige muita comunicação, empatia, gestão do tempo e de escolhas, sejam elas pessoais ou profissionais.

A busca por uma formação educacional consistente está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento de competências essenciais para enfrentar os desafios de um mundo dinâmico e competitivo. Assim, o conceito de competência não é uniforme e único. No entanto, conforme um artigo de Fleury & Fleury, publicado na “Revista de Administração Contemporânea”, em 2001, duas correntes dominantes se destacam: a americana e a francesa.

A abordagem americana compreende a competência como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes. Embora essa perspectiva se concentre na análise do indivíduo, a maioria dos autores ressalta a importância de alinhar as competências com as necessidades dos cargos nas organizações.

Por outro lado, a corrente francesa surge da insatisfação com o processo de formação profissional e as exigências do mercado de trabalho. Essa abordagem estabelece uma ligação entre educação e trabalho, visando aprimorar a capacitação dos trabalhadores e suas oportunidades de emprego. Dessa forma, a competência é vista como o resultado de processos organizados de aprendizagem.

Contudo, sabe-se que a jornada educacional não se completa com a conquista de um certificado; é apenas o começo de uma jornada de aprendizado contínuo. A rápida evolução da tecnologia e da informação exige que os profissionais se mantenham atualizados e adaptáveis ao longo de suas carreiras.

A aprendizagem ao longo da vida permite acompanhar as mudanças em suas áreas de atuação e se destacar em um mercado de trabalho em constante transformação.

Há um termo usado para descrever isso, o “lifelong learning”, que significa educação continuada. Em outras palavras, esse termo sustenta a ideia de que o estudo deve ser permanente ao longo da vida, e não apenas em uma época ou um curto período de tempo. Essa abordagem contrasta com a mentalidade pré-globalização, na qual os profissionais se graduavam e estavam prontos para desempenhar suas funções ao longo de suas carreiras.

O fato é que a aprendizagem contínua é essencial para o desenvolvimento pessoal e o enriquecimento da vida; ela oferece a oportunidade de explorar novos interesses, adquirir habilidades adicionais e expandir os horizontes intelectuais.

(*) Clarissa Ana Zambiasi é doutora em Engenharia Agrícola e professora do Ibmec BH