Opinião

Explosão de dados

Proteger e armazenar 360 bilhões de horas de conferências web

Por Juan Carlos Gutiérrez
Publicado em 13 de junho de 2020 | 03:00
 
 
 
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Estamos em um dos momentos decisivos da história. Nosso mundo cada vez mais digital está passando por uma mudança acelerada por causa da situação atual. Todos os dias, vemos mais empresas apostando na criação de plataformas de negócios (páginas, aplicativos, serviços online) para reforçar sua vantagem competitiva e diferenciação.

Mas o que isso produz? A explosão de dados. De fato, de acordo com a International Data Corporation (IDC) no estudo “Worldwide Global DataSphere Forecast, 2020-2024”, até 2024 o volume crescerá para aproximadamente 143 zettabytes de dados criados, capturados, copiados e consumidos, hospedados na nuvem e nos datacenters. Para entender melhor a dimensão, 1 zettabyte corresponde a 1 bilhão de terabytes ou 1 trilhão de gigabytes. Então, 143 zettabytes de dados equivalem a 360 bilhões de horas de conferências web de negócios.

Se voltarmos dez anos, as empresas com mais capital eram as empresas de petróleo. No entanto, as companhias com mais capital nesta era atual são os grandes geradores de dados, como varejistas virtuais, bancos, empresas de transporte ou imobiliárias online e fornecedores de streaming.

Esse avanço tecnológico, com o consequente aumento de dispositivos interconectados, traz consigo um aumento nos dados gerados, analisados e armazenados em todo o mundo. Esses dados são gerados por consumidores e empresas. 

Estima-se que o número de interações pessoais por dia envolvendo a troca de algum tipo de dado se multiplique por 20 nos próximos anos. E isso acontecerá cada vez mais à medida que nossas casas, locais de trabalho, veículos, dispositivos portáteis etc. se interconectam e começam a produzir mais dados.

Há dois paradigmas da explosão de dados: armazenamento e proteção. Em um mundo acelerado, as empresas capazes de tomar decisões em tempo real terão maior capacidade de se adaptar a novos contextos de mercado, ficar mais inteligentes e responder melhor às necessidades de seus clientes. Isso só acontecerá se elas tiverem uma estratégia de armazenamento que permita análise imediata e acesso aos dados.

Mas esse novo contexto também pode expor as empresas a maiores ameaças e custos relacionados ao roubo de dados e ao cibercrime

Todas as empresas, independentemente do tamanho, estão expostas a ataques cibernéticos. De fato, um estudo da IBM prevê que até 2021 as empresas serão vítimas de ransomware a cada 11 segundos; portanto, a estratégia de segurança cibernética e resiliência é fundamental.

Não se trata apenas de “se” você sofrerá um ataque de segurança, mas de “quando”. Atualmente, a maioria das estratégias de segurança concentra-se na capacidade de impedir violações de segurança e, quando ocorrer, resolver esse ataque. Ataques que podem levar horas, dias ou até semanas para serem remediados.

Essa realidade torna essencial a infraestrutura de armazenamento para evitar o impacto de ataques cibernéticos nas empresas e em seus dados. A infraestrutura de armazenamento deve oferecer as tecnologias certas para criar uma estratégia holística de segurança cibernética para dados corporativos armazenados e trocados.

No fim, todos nós nos beneficiaremos dos dados que geramos. As empresas verão esses dados refletidos em melhores produtos e serviços e em uma maior vantagem competitiva; e o consumidor desfrutará de uma experiência mais personalizada.

Porém, com os dados como base da nova economia, a capacidade de armazenamento seguro será essencial para a confiança na era digital.

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