O Brasil está entre os 50 países com melhor Índice Global de Inovação, o mais recente ranqueamento publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês). Foram 12 anos fora da lista dos 50+. Com essa colocação, o país passou a liderar o pódio entre as economias da América Latina e Caribe.
As posições conquistadas mostram uma efervescência para a inovação, já que são considerados elementos como ambiente de negócios, produção científica, novos serviços, produtos e processos. Nesse contexto, as empresas, sejam elas de grande, médio ou pequeno portes, são parte fundamentais dessa transformação.
Entre empresas de médio e grande porte, Pesquisa de Inovação Semestral divulgada em março pelo IBGE sobre o cenário no país mostra que metade das empresas inovadoras pretende aumentar seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2024, sendo que 50% delas planejam aplicar mais recursos nessa área de atuação.
Em relação aos pequenos negócios, a inovação também está na ordem do dia. De acordo com a pesquisa mais recente realizada pelo Sebrae sobre o tema, seis a cada dez micro e pequenas empresas em Minas Gerais já haviam passado por algum movimento de inovação, seja melhorando serviços, produtos ou processos.
A vontade de inovar, portanto, é uma realidade entre mais da metade das empresas. Mas, qual o principal desafio para que isso se concretize? Para mais de 60% delas, segundo a pesquisa do Sebrae em Minas com foco nos menores negócios, o empecilho é a falta de recursos financeiros.
É neste cenário que o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) lança uma campanha direcionada àqueles que identificam a inovação como um fundamento importante para crescer. Ao longo de 2024, o Banco vai ofertar R$ 300 milhões em crédito, com as menores taxas do mercado, para projetos de inovação em um novo conceito: as iniciativas financiadas precisam ser novas para as empresas e não necessariamente para o mercado. Ou seja, para acessar o crédito do BDMG não é necessário desenvolver projetos estritamente ligados à tecnologia.
A proposta é transformar ideias em realidade. Afinal, a inovação também impulsiona a economia, a geração de empregos e renda. Além de tudo isso, o crédito contribui para melhorar a qualidade de vida nas mais diversas regiões do Estado e promove políticas públicas, iniciativas alinhadas ao papel desempenhado por um banco de desenvolvimento, como o BDMG.
O crédito oferecido pelo BDMG se concretiza em iniciativas exitosas para milhões de mineiros. Na Saúde, por exemplo, nosso crédito permitiu que uma indústria belo-horizontina desenvolvesse testes rápidos para diagnosticar doenças como Covid, Dengue e Chikungunya. Na área de telecomunicações, o valor foi decisivo para que uma companhia ampliasse o serviço de acesso à internet por fibra ótica em cidades do Vale do Jequitinhonha, onde as grandes companhias nem sempre chegam.
Para tudo isso, o BDMG conta com o apoio do Governo do Estado. Aliás, a inovação é um dos pilares da atuação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e seu programa Pró-Inovação, o Banco acessa os recursos que se transformarão em crédito para as empresas. Contamos ainda com repasses da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Minas Gerais reúne mais de 2.000 organizações mapeadas entre startups, médias e grandes empresas, incubadoras, institutos e empresas de base tecnológica, localizadas em quase 200 municípios, segundo o Sistema Mineiro de Inovação. A inovação, portanto, está presente em todas as regiões do Estado. O BDMG também está.
(*) Gabriel Viégas Neto é presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais