É fato que a área de recursos humanos desempenha um importante papel para a promoção de práticas que favoreçam o avanço da participação feminina na liderança. Se hoje acompanhamos avanços em oportunidades igualitárias para homens e mulheres, o movimento estimulado pelo RH é crucial nas empresas, mas esse engajamento tem de transcender a área e permear a organização e a sociedade como um todo.

Tenho acompanhado de perto como ações concretas impactam positivamente a mudança desse cenário. Na Edenred Brasil, grupo que integra as marcas Ticket, Ticket Log, Repom e Edenred Soluções Pré-Pagas, por exemplo, há uma série de iniciativas com foco em multiplicar benefícios e oportunidades para o crescimento profissional da mulher na organização, que receberam reconhecimento e nos fazem ser uma das melhores empresas para mulheres trabalharem.

Entre elas está um programa especial para gestantes, o Futura Mamãe, que inclui uma série de benefícios de apoio à saúde e expande a licença-maternidade de quatro para seis meses. Ainda há ações voltadas para a qualidade de vida e a realização de workshops para o debate do tema. Muitas colaboradoras relatam que se sentem mais seguras para planejar suas carreiras com o respaldo de iniciativas como essas.

É uma percepção que se reflete também nos números do grupo no mundo – hoje, temos um percentual de 52% de mulheres atuando em nossas marcas. Falando sobre as posições de liderança, 40% são ocupadas por mulheres.

Práticas como essa podem e devem ser bem estruturadas e ultrapassar as paredes das organizações, seguindo o caminho do compartilhamento em todos os âmbitos. É com esse propósito que firmamos, recentemente, parcerias com o Movimento Mulher 360 e o ONU Mulheres, importantes representantes dessa frente, para que possamos colocar em prática e compartilhar ações que reforcem o poder que a participação feminina tem no ambiente corporativo.

Embora o cenário tenha evoluído bastante para o empoderamento da liderança feminina, ainda há um longo caminho pela frente. Se olharmos o mercado como um todo, uma análise realizada pelo Talenses e pelo Insper apontou que houve um retrocesso de 13% no número mulheres em cargos de liderança. O estudo ainda constatou que a probabilidade de uma mulher se tornar diretora é 50% menor do que a de um homem.

Podemos progredir cada vez mais para reverter esses indicadores. Algumas ações que vimos aqui são um ótimo exemplo para o desenvolvimento e retenção das mulheres na liderança e nos guiam a provocar transformações na sociedade como um todo.