Rotinas e métodos foram alterados de maneira intensa e sem tempo para processos de adaptação, de planejamento. Soluções para muitas das perguntas geradas neste momento só foram encontradas com todas essas transformações já em andamento e, para muita gente, seriam apenas medidas provisórias para um momento de exceção. Mas o que ganha cada vez mais força é uma tendência de mutação geral da vida que conhecíamos.

Vemos que não são poucas as empresas – inclusive gigantes em seus setores – que já anunciaram o home office como regime permanente para o futuro. Alguns hábitos que pareciam apenas emergenciais caminham para se tornarem protocolos definitivos. Essa nova realidade exigirá que o mundo preze mais pela saúde, pela segurança e pelo bem-estar das pessoas.

Tais transformações vão afetar todas as esferas da sociedade. O transporte coletivo será outro, o comércio será outro e, consequentemente, a vida corporativa será outra. A começar pela preocupação com a densidade espacial, que deve nos deixar acostumados a regras e equipamentos que controlam a quantidade de pessoas nos ambientes.

Na Alemanha, por exemplo, supermercados, farmácias, restaurantes e shoppings já possuem sistemas que gerenciam a quantidade de pessoas dentro dos estabelecimentos e, ao mesmo tempo, fazem uso das mesmas tecnologias e plataformas para manter engajados, atentos e impactados os consumidores e clientes que estejam à espera.

Medidas voltadas para saúde e segurança também tendem a ser mais rigorosas, como a verificação de temperatura ou a instalação de sistemas de reconhecimento facial nas entradas de ambientes corporativos ou estabelecimentos comerciais, como já se vê em hospitais e bibliotecas na Coreia do Sul.

Mais do que nunca, tecnologia e inovação servirão como ferramentas para os atuais processos de transformação dos ambientes corporativos. Na rotina de empresas, reuniões e serviços podem seguir prioritariamente virtuais, exigindo que os processos de digitalização ou modernização sejam acelerados. Em locais onde as rotinas de escritórios já começaram a ser retomadas, as telas grandes e que oferecem recursos de conectividade passaram a ser comuns, em uma tentativa de aumentar a imersão e interação dos participantes e proporcionar uma noção maior de realidade.

Isso será visto de forma mais massiva com novos recursos de infraestrutura e em serviços como saúde e educação. E já há também exemplos em prática, como os governos de alguns países que estão ampliando estruturas de “videowall” para reforçar a segurança e monitoramento em grandes cidades.

Esse passo rumo ao futuro já foi dado em diferentes lugares do mundo com soluções baseadas em produtos tecnológicos que encurtam distâncias, otimizam tarefas e trazem benefícios para a sociedade em geral.

O fato é que o momento é muito propício para que outras soluções inovadoras sejam criadas e implantadas; até porque as mudanças que nos trouxeram até aqui são inéditas para todos e ainda não se sabe qual o melhor caminho a ser seguido, mas – certamente – esse caminho passa pela tecnologia.