Imagine que seu chefe milionário te obriga a ir com ele em um bar caríssimo, pede vários pratos e bebidas chiques e ainda te faz pagar a conta sozinho. É assim que funciona o sistema tributário no Brasil. Com o chefe do Executivo mineiro, a situação é ainda pior: além de você pagar a conta, ele pede bebidas e comidas para os amigos dele, entrega seu prato a eles e tampa sua boca (com uma banana, goela abaixo) para evitar que você reclame.

É isto que está acontecendo: políticos de Minas e do Brasil e seus amigos super-ricos estão tentando manter seus privilégios enquanto barram direitos do povo. Vamos seguir resistindo, aqui na Assembleia Legislativa de MG, nas ruas e ao lado do presidente Lula.

Tirem a mão dos nossos direitos!

No caso de Minas, é o governador Zema que, em vez de cuidar dos mineiros, está tentando, de todos os jeitos, vender nossas estatais para seus amigos super-ricos. Ele teve a audácia de apresentar aos deputados uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que, se aprovada, tira a obrigatoriedade de consultar o povo para entregar esses patrimônios à iniciativa privada. A notícia boa é que, até o momento, conseguimos barrar a votação dessa proposta na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Zema faz parte do grupo de políticos de direita e empresários que só enxergam dinheiro e poder. Ele subiu o próprio salário em 300% e aumentou as isenções fiscais para seus amigos empresários. Um deles foi Salim Mattar, que investiu na campanha de Zema e depois recebeu uma retribuição generosa do governador, com isenções de mais de R$ 1 bilhão por ano. Por que algumas empresas pagam impostos em Minas, e outras não?

Pedimos este esclarecimento ao governador, mas o prazo se esgotou, e ele ainda não apresentou a lista de empresas beneficiadas. As isenções para esses super-ricaços já chegam a R$ 22 bilhões – dinheiro que poderia ter sido usado para melhorar a educação, a saúde, as estradas, que estão em estado de calamidade. Prioridades, não é mesmo? 

E, por falar em calamidade, o governador tentou cortar do Orçamento R$ 1 bilhão que seriam usados para alimentar as pessoas que estão passando fome no estado, via Fundo de Erradicação da Miséria. Após muita luta, conseguimos barrá-lo. E vamos continuar resistindo!

Resistência

Precisamos nos mobilizar para impedir esses absurdos em Minas e no Brasil. Enquanto trabalhamos para melhorar a vida de quem mais precisa, o Congresso aprovou, nesta semana, o aumento de 513 para 531 no número de deputados federais e estaduais. Eles só pensam em seus privilégios. E 70% deles ainda tiveram a coragem de dizer que são contra o fim da escala 6x1. Eles querem que você trabalhe sem direito ao descanso, à saúde, à família, ao lazer. E, em vez de ajudar o país a avançar, eles aprovaram rapidinho: isenção de imposto para jatinhos, redução de imposto para iates e liberação de cassinos. Mas foram contra as propostas de Lula de redução de impostos na cesta básica, diminuição da conta de luz e isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. Esse último projeto está há 11 meses parado no Congresso.

Nossa memória não falha: são os mesmos que, nos anos de governo Bolsonaro, promoveram as reformas trabalhista e da Previdência e tiraram dinheiro de políticas sociais que aliviavam o Orçamento dos mais pobres, como o programa Farmácia Popular. Chegou a hora de mexer também no bolso dos super-ricos.

É por isso que hoje (10/7) vamos às ruas pela taxação dos super-ricos e pelo fim da escala 6x1. Em Belo Horizonte, o protesto será na Praça Sete, a partir das 17h. Fé nas lutas!