CADU DONÉ

As escolhas de Luxa

sem Marcelo Moreno, treinador sofre para encontrar substituto


Publicado em 30 de agosto de 2021 | 03:00
 
 
 
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Não sejamos oportunistas. Não é pelo fato de o Cruzeiro não ter vencido ontem, e não ter feito uma boa partida contra o CRB, que vamos cornetar loucamente, insensatamente o treinador. Sem Marcelo Moreno, Luxa viveu dilema realmente difícil. Thiago, que ainda não convenceu na Raposa, era uma das alternativas. Sóbis, que tem mais nome, e outrora já gozou de boa aceitação entre os celestes, vinha de atuações ruins. Não se mostra justo condenar o técnico em função da fraca performance do primeiro, selecionado para substituir o boliviano, hoje titular. Para até solidificar a tese de que o “profexô” não deslizou ao preferir a juventude de um “9” que não exalou, até agora, notável qualidade, a um veterano que na sua já longa carreira conquistou glórias e respeito – mas, repito, padece com momento adverso –, o último entrou e também pouco fez.

Beco sem saída

Como ocorre em diversas posições do medíocre – na acepção da palavra – elenco do Cruzeiro, vislumbrar um centroavante que transmita real tranquilidade à nação celeste prova-se tarefa das mais hercúleas. Ainda que o “Flecheiro” tenha agradado aqui e ali, como nos embates diante de Botafogo e Confiança, considero cedo para cravar que o maior artilheiro estrangeiro do Cruzeiro anda navegando em águas calmas. Lento, não tão habilidoso, com capacidade questionável para driblar, carregar a bola, o rei dos tentos na altitude não aparece como certeza. Para mim, houve precipitação na maneira de avaliar este atleta após o triunfo em cima do Confiança.

Exagero

A percepção de que com Luxa, como na aquisição dos produtos “Tabajara”, os problemas haviam acabado, soa precoce. Fui contra a escolha do atual comandante cinco estrelas. Porém, não é por isso que avalio qual necessária considerável calma nas apreciações. Não tenho qualquer problema em reconhecer que errei. E até chancelo como positivo o início da trajetória do artífice da tríplice coroa. A amostragem, todavia, é claramente pequena. Com qualquer treinador o critério haveria de ser o mesmo.

A fase de Sóbis

Reconheço que já passei do ponto, mesmo na atual temporada, nos confetes que joguei para Sóbis. Sua trajetória faz jus a elogios pomposos. A fase momentânea, contudo, é outra coisa. Hoje mais lento, enxergo Sóbis como uma espécie de facilitador. Em determinado sentido, suas valências atuais remetem às de Sasha. A vantagem do atleticano apoia-se numa ligeira leveza superior, e na contundência maior no instante de operar como um centroavante mais tradicional – inclusive na hora de cabecear.

Campeonato dos sonhos

Cravar que a Premier League é o melhor Nacional do planeta há anos é chover no molhado. A vantagem do certame inglês sobre os outros, entretanto, cresceu na temporada que acabou de começar. As aquisições de Lukaku pelo atual campeão da Champions, e de CR7 pelo gigante – e trepidante – Manchester United, são cerejas de um bolo que nem Gordon Ramsay colocaria defeito. Noves fora o “Big Six” – com um Arsenal novamente estranho –, são muitos os esquadrões charmosos.

Caro

As cifras despendidas pelo City para comprar Jack Grealish, ainda pouco convincente enquanto craque decisivo, foram exageradas.

Jesus

Jesus, que sofre injusta implicância no Brasil, iniciou a temporada voando. Maravilhoso nos dois últimos jogos dos Citizens.

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